quarta-feira, 27 de junho de 2012

IF Sertão realiza Seminário de Educação Contextualizada em Ouricuri


O Instituto Federal de Educação (IF Sertão PE) realizou na última sexta-feira (22/06), no Campus de Ouricuri, o 1º Seminário de Educação Contextualizada no Semiárido com a participação de mais de 100 professores, estudantes e lideranças comunitárias. A abertura contou com a participação das alunas concluintes do Curso de Educação Contextualizada no Semiárido na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC), coordenado pelo professor Adelson Dias de Oliveira.
A conferência inicial foi proferida pelo professor Elmo Lima, da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Após a palestra, houve o lançamento dos livros “Formação continuada de professores no semiárido: ressignificando saberes e práticas” e “Diálogos sobre educação do campo”, ambos da autoria do professor Elmo Lima. Em seguida, foi a vez das alunas apresentarem os resultados das atividades desenvolvidas no decorrer do Curso de Educação Contextualizada e receberem os certificados de conclusão em sessão solene.
Durante o seminário, uma roda de discussão propiciou a troca de experiências entre os participantes, que puderam refletir sobre diferentes concepções e práticas pedagógicas. Também foi apontada a possibilidade de criação de um núcleo de estudos e pesquisas em educação contextualizada no campus Ouricuri, como forma de dar continuidade aos trabalhos sobre a temática. “O que marcou a construção do seminário foi a necessidade de colorir a educação e provocar mudanças significativas no fazer pedagógico, aspecto que foi possível ser visualizado, sentido, vivido e internalizado ao longo do evento”, destacou o professor Adelson Dias, responsável pelo FIC em Educação Contextualizada no Semiárido e um dos idealizadores do evento.
O 1º Seminário de Educação Contextualizada no Semiárido foi realizado pelo IF Sertão-PE com o apoio da Coordenação de Extensão do campus Ouricuri e da ONG Caatinga, por intermédio de projeto em parceria com a ONG Actionaid.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Câmara dos Deputados realiza ato público em homenagem a Paulo Freire


No próximo dia 27 de junho, será realizado um Ato Público em homenagem ao educador Paulo Freire, que em 13 de abril deste ano, recebeu o título de Patrono da Educação Brasileira, de acordo com a Lei nº 12.612/2012, de iniciativa da Deputada Federal Luiza Erundina. O evento será às 17h, no auditório da TV Câmara.
Natural de Recife (PE), Paulo Freire formou-se em direito pela Universidade do Recife (atual Universidade Federal de Pernambuco)  e tornou-se professor de português e pesquisador da área de educação. Uma de suas grandes contribuições para o ensino no país foi a criação do método de alfabetização de adultos, uma prática simples e revolucionária. Também, foi um dos fundadores do Movimento de Cultura Popular, que trabalha diferentes conceitos de cultura com vistas a oferecer à população carente a oportunidade de aprendizado, por meio de praças e núcleos de cultura.
A arte de ensinar o povo a ler e a ter consciência de sua realidade de opressão, trouxe uma enorme insatisfação por parte do regime político vigente, Paulo foi perseguido pela ditadura militar e obrigado a exilar-se no Chile. Naquela ocasião, escreveu um dos seus mais famosos livros, a “Pedagogia do Oprimido”. Após 16 anos de exílio, retornou ao Brasil e continuou seu trabalho como professor e pesquisador na PUC de São Paulo.
Atuou como Secretário Municipal de Educação da cidade de São Paulo durante dois anos e meio na gestão da então prefeita Luiza Erundina, neste período, implantou o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), fundamentado nos princípios filosófico-político-pedagógicos, com vistas a instruir o educando a identificar a realidade que está inserido, dando-lhe ciência da importância de sua atuação no contexto. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Convivência com o semiárido será discutida na cúpula dos Povos


No momento em que o semiárido enfrenta a pior seca dos últimos 30 anos, a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) quer reforçar na Cúpula dos Povos o debate da convivência com o semiárido como a principal estratégia para o desenvolvimento sustentável da região e promoção de vida digna para as famílias agricultoras.
A Cúpula dos Povos ocorrerá de 15 a 23 de junho, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O evento vai reunir mais de 10 mil pessoas representantes de entidades e movimentos sociais e populares para debater as causas estruturais da atual crise civilizatória e construir novos paradigmas para o futuro do planeta.
A ASA é membro do Grupo de Articulação do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 e pretende apresentar durante o evento os resultados exitosos desenvolvidos no semiárido brasileiro através das diversas ações voltadas à convivência com o Semiárido.
 “A principal bandeira da ASA será apresentar como conviver no Semiárido brasileiro, particularmente tratando da questão da água, da importância que ela tem para a vida e se contrapondo a qualquer forma de mercantilização desse bem e de outros bens comuns da natureza que são necessários para se viver”, destaca o coordenador da ASA pelo estado do Rio Grande do Norte e representante da rede no Comitê Facilitador, Procópio Lucena.

Instituto Federal de Educação - Campus Ouricuri realiza seminário de Educação Contextualizada no Semiárido


Com o tema “Potencialidades e Possibilidades do Semiárido”, o I Seminário de Educação Contextualizada e Convivência com o Semiárido será realizado pelo IF Sertão-PE no dia 22 de junho, no saguão principal do campus Ouricuri. O evento, que terá início às 17h, marca a finalização do Curso de Formação Inicial e Continuada em Educação Contextualizada no Semiárido. Toda a coordenação e execução do seminário será conduzida pelas alunas concluintes do curso.
 Além de promover a socialização das experiências do grupo com as comunidades que desenvolvem ações voltadas para a relação de convivência com o semiárido e a aplicação de conhecimentos agroecológicos, o seminário apresentará um diagnóstico analítico apontando as principais potencialidades e possibilidades existentes na região do Araripe.
 A abertura do evento contará com a participação do grupo musical “Bruma Leve”, formado por alunos do campus Ouricuri sob a regência do professor de música Eric Barreto. Em seguida, haverá a conferência “Educação contextualizada no semiárido: desafios e possibilidades”, proferida pelo professor Elmo Lima, da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Após o encerramento das atividades, haverá a apresentação de um grupo de forró local.

Inscrições
As inscrições prosseguem até 16 de junho e são gratuitas. Para se inscrever, o participante deverá preencher o formulário de inscrição (acesse) e enviá-lo para o e-mail ecsaifsertaope@gmail.com. Serão disponibilizadas 100 vagas para a comunidade, contemplando professores da rede municipal, estadual e privada, alunos do curso de licenciatura em Química ofertado pelo IF Sertão-PE (campus Ouricuri) e demais interessados. Veja programação

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Articulação no Semiárido alerta para uso eleitoral da seca


Foto: Antonio Araújo
A seca na região do semiárido brasileiro - considerada a pior dos últimos 30 anos - já levou mais de 868 municípios nordestinos a terem situação de emergência reconhecida pelo Ministério da Integração Nacional. Segundo último balanço de feito em 31 de maio pelo ministro Fernando Bezerra, o número deve subir para 900 cidades até o fim de semana.
O governo federal já repassou aproximadamente R$ 3 bilhões para ações de enfrentamento à estiagem, entre elas a construção de cisternas, crédito extraordinário, Seguro Safra e Bolsa Estiagem. No entanto, organizações da sociedade civil alertam para o perigo de candidatos as eleições municipais se aproveitarem da situação para angariar votos.
As medidas emergenciais são alvo de críticas da Articulação no Semiárido (ASA), formada por mais de 750 organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência coma região. A ASA argumenta que esse tipo de ação somente na forma de assistencialismo fortalece a chamada “indústria da seca”, principalmente, em ano de eleições municipais.
Com essa preocupação, a ASA enviou no dia 31 de maio um documento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitando ao órgão que faça uma campanha em favor do voto limpo no Nordeste brasileiro. O coordenador da ASA pelo estado da Bahia, Naidison Baptista, comenta que é comum muitos políticos utilizarem o abastecimento de água em troca de votos.
A convivência com o semiárido – uma alternativa
O debate da convivência com o semiárido como a principal estratégia para o desenvolvimento sustentável da região e promoção de vida digna para as famílias agricultoras será debatido na Cúpula dos Povos, evento que vai ocorrer em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A Articulação no Semiárido Brasileiro é membro do Grupo de Articulação do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20.
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados vai realizar seminários nos estados nordestinos sobre o mesmo tema. A iniciativa, ainda sem data marcada, vai contar com a ajuda de representantes de organizações governamentais e não governamentais, além de representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário; da Agricultura; da Ciência e Tecnologia; da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), entre outros.
Para a Rede de Educação do Semiárido (RESAB) a política de convivência com o semiárido deve estar associada aos projetos de educação contextualizada como forma de possibilitar que os sertanejos tenham uma maior compreensão das condições socioambientais e culturais, bem como, das tecnologias que contribuem para a produção apropriada à região.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Programa Ação da Globo destaca ações de convivência com o Semiárido


O Programa Ação da Rede Globo exibiu no sábado (02/06) algumas experiências de convivência com o Semiárido desenvolvida por instituições do terceiro setor no semiárido baiano. Foram apresentadas as ações desenvolvidas pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA BRASIL) voltadas para o melhor aproveitamento da água de forma que ela possa servir tanto para o uso básico, como consumo e uso higiênico, bem como ações voltadas para a produção sustentável de alimentos.
Há vinte e dois anos o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) vem implementando técnicas de captação de água com o objetivo de transformar o cenário da seca em algo favorável para a região. Desenvolve também um trabalho de assistência técnica aos produtores locais estimulando a agricultura familiar, a criação de animais, valorizando a caatinga para alimentação dos animais e ensinando técnicas de plantio não agressivas ao solo.
Outra ação importante desenvolvida pelo IRPAA é a formação dos/as agricultores/as e seus filhos. Como forma de transmitir conhecimento sobre o melhor modo de aproveitar o solo e a água, o IRPAA criou a Escola de Formação para Convivência do Semiárido, atende aos jovens de mais de 10 estados do semiárido. Desde o início, já foram formadas vinte e uma turmas, com uma média de cinquenta pessoas cada.
a Articulação no Semiárido (ASA Brasil) trabalha pela democratização da água, batalhando por uma infraestrutura hídrica próxima à casa de cada família que convive com a seca. A construção de cisternas que coletam água da chuva é o principal foco da ASA, que fez cálculos do tamanho do telhado ideal para preencher a cisterna através da água que cai em canaletas. A partir disso foram criadas cisternas de dezesseis mil litros, capazes de armazenar água para até oito meses, o período anual comum de estiagem do semiárido. Feitas com cimento, as cisternas são de baixo custo, fáceis de fazer e envolvem a família na construção.
Dentre as ações executadas pela organização, o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1 +2) e o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) são os mais importantes. O primeiro procura fomentar a segurança alimentar e a geração de emprego e renda entre as famílias agricultoras, através do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos.  O 1 significa terra para produção e o 2 corresponde a dois tipos de água – a potável, para consumo humano, e água para produção de alimentos. Este programa já capacitou 24.566 famílias com a construção de 9.770 cisternas do tipo calçadão, onde a água da chuva é armazenada para ser utilizada em hortas, plantio e criação de animal. 
Já o P1MC procura democratizar a água para beber e cozinhar, através das cisternas de placas. Juntas, elas formam uma infraestrutura descentralizada de abastecimento com capacidade para 16 bilhões de litros de água. Foram criadas 380.988 cisternas, uma para cada família, beneficiando 1.904.940 de pessoas. Paralelamente aos programas, a ASA dá um curso de gestão de recursos hídricos para que as populações saibam aproveitar melhor a água armazenada nas cisternas.

Acesse os vídeos:

VÍDEO 01: Convivendo com a seca

VÍDEO 02: Captação de água

VÍDEO 03: Riquezas da caatinga