sexta-feira, 29 de março de 2013

Governo do Piauí sanciona Lei que potencializa a Educação Contextualizada no Semiárido


O Governo do Estado do Piauí sancionou, no último dia 20 de março, a Lei N°6346, que dispõe do acréscimo do tema: "Aprendendo a conviver no Semiárido", em disciplinas do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual.

A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), através da Coordenação de Educação Contextualizada no Semiárido desenvolve uma proposta pedagógica de trabalho pautada nos princípios da educação voltada para a região semiárida.
Nessa perspectiva, a Coordenação articula e desenvolve a formação continuada de professores da Rede Pública elaborando inclusive, materiais paradidáticos. Todo o trabalho é desenvolvido seguindo os princípios da Rede de Educação do Semiárido Brasileiro - RESAB. Com a nova Lei, as ações passam a ter um marco legalizado dando maior segurança ao trabalho desenvolvido há anos.
Para a coordenadora do Semiárido na Seduc, Maria Luiza de Cantalice, a decisão do Governo traz o respaldo que faltava. "Essa Lei é muito importante para o desenvolvimento do nosso trabalho. Vem legalizar a proposta curricular do tema de convivência no Semiárido, nos dando segurança em relação ao trabalho realizado", destaca.
A Lei N°6346, ainda passará pelo Conselho Estadual de Educação com o intuito de ser melhorada, facilitando a aplicação das disciplinas em sala de aula.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Piauí forma primeira turma de especialistas em Educação no Campo

Cerca de 100 professores da rede pública de ensino concluíram, no último dia 21 de março, o Curso de Especialização em Educação do Campo – Saberes da Terra, realizado pelo Instituto de Educação Antonino Freire, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e o Ministério da Educação, beneficiando mais de 30 municípios do Estado. 

Durante o evento de encerramento do curso, denominado de Jornada Científica: "Cenários da Educação do Campo no Piauí", os alunos tiveram a oportunidade de socializar as pesquisas realizadas ao final do curso, bem como, as expriências exitosas desenvolvidas nas comunidades nas quais atuam como professores.
De acordo com os novos especialistas, para trabalhar efetivamente a educação no campo de forma contextualizada, é preciso que o educador faça adaptações com a realidade do aluno. "Para mim, como professor de  Matemática, foi um desafio trabalhar a interdisciplinariedade e a educação no campo. O programa é si é nota 10, porém precisamos trabalhar de forma eficiente para evitar a evasão e envolver os alunos. Um dos maiores desafios é articular os conteúdos à prática do aluno que vive no campo em uma realidade bem diferente da cidade onde geralmente o livro é produzido", diz o professor Marcílio Trindade, do município de Jurema do Piauí.
Os resultados do programa se refletem não apenas na mudança de como a educação é trabalhada, mas também na qualificação desses profissionais que atuam nos municípios. "O primeiro resultado profissional dessa especialização é que fui indicada para trabalhar como coordenadora do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic)", explica Rosilene Soares Pereira, de São João da Serra.
Segundo Rosilene, foi uma inovação e um desafio como educador. "Hoje vejo a educação do campo com outra visão, pois o campo está atrelado tanto à cidade como ao rural. E foi isso que motivou meu trabalho de conclusão de curso que defende que é preciso o currículo nas escolas no município de São João da Serra", diz.
Para a professora Antonieta Machado, do município de Batalha, o curso serviu como qualificação e como embasamento para corrigir as falhas dos profissionais da educação. "Sem falar que os municípios ganharam pessoas qualificadas para atuar nessa área. É preciso ver o campo dentro de uma visão macro que não é sinônimo de atraso, mas de igualdade e de produção", complementa o professor  Francisco das Chagas Silva.
"Aos poucos estamos conseguindo mudar a visão de que educação e tecnologia é coisa somente da cidade. Hoje no campo temos acesso a tecnologias, internet e um jeito diferente de trabalhar a educação", diz o professor Orisvaldo Costa Ribeiro, do município de Agricolândia.
Fonte: SEDUC/PI