Na última sexta-feira (10/02), representantes dos movimentos sociais do campo estiveram reunidos em audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, onde foi apresentada a última versão do Programa Nacional de Educação do Campo – PRONACAMPO. O encontro foi uma iniciativa do gabinete e assessoria do ministro e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI e da diretoria de Políticas para Educação no Campo e Diversidade – DPECAD.
Na ocasião, Aloizio Mercadante informou que ele e a Presidenta Dilma pretendem fazer o lançamento do PRONACAMPO no mês de março “Queremos realizar um ato no Palácio do Planalto, que dê visibilidade a esta política de governo e que reconheça a luta histórica dos movimentos sociais, em defesa da educação do campo”.
As entidades que integram a coordenação do Fórum Nacional de Educação do Campo – FONEC, fizeram falas que reafirmaram a importância da postura de diálogo do MEC, destacando que a efetividade deste programa, tanto do ponto de vista da implementação da política, quanto do seu monitoramento, passam pelo fortalecimento de instâncias como a SECADI e CONEC. Nesse sentido, Mercadante afirmou que“A Comissão Nacional de Educação do Campo – CONEC será o espaço político de monitoramento e avaliação do PRONACAMPO”.
Para José Wilson, diretor de Políticas Sociais da CONTAG, esta audiência representa a possibilidade de maior diálogo entre o MEC e os movimentos do campo: “O PRONACAMPO é resultado da luta histórica da CONTAG e dos movimentos sociais do campo, em defesa de uma educação contextualizada e coerente com as realidades do povo do campo e, em respeito a essa origem, é preciso que o ministério valorize nossas experiências e trajetórias e aprofunde esse diálogo”.
Sobre outros temas apresentados durante a reunião, o Ministro informou que o MEC irá se empenhar para que as demandas apresentadas pelos movimentos ocorram, mas também deixou claro que algumas delas precisam de alterações na legislação. Com relação à criação das escolas do campo, ele sugeriu que a questão seja pautada nos conselhos de Educação, inclusive com um debate público sobre o fechamento das escolas do campo, na intenção de pressionar para que estas sejam reabertas.
Por fim, ficou acordado na reunião que aquelas demandas que exigem maior aprofundamento de debate (questão das licenciaturas de Educação do Campo, Educação Infantil do Campo, Educação Integral, etc) serão objetos das próximas reuniões e audiências no ministério.
Fonte: Imprensa Contag