O Fórum Piauiense de Convivência com o
Semiárido está desenvolvendo o Projeto Cisternas nas Escolas que tem como
objetivo levar água de qualidade às escolas do semiárido do Estado, através de
cisternas de 52 mil litros.
Além da construção das tecnologias, o
projeto prevê a capacitação de profissionais das escolas, como professores, em
cursos de gerenciamento de recursos hídricos e Educação Contextualizada.
Estimulando que as escolas trabalhem o conhecimento e valorização das realidades
locais e a convivência com Semiárido.
O projeto vai construir 186 cisternas
escolares de 52 mil litros em 15 municípios do semiárido piauiense, sendo 83
implementadas pela Cootapi em parceria com a Obra Kolping do Piauí e 103
construídas pela Cáritas Regional do Piauí. Além da construção das cisternas,
cada escola receberá um recurso que deverá ser utilizado na melhoria do sistema
de captação e distribuição de água na instituição, como instalação de caixa
d’água elevada e encanamento.
Os municípios beneficiados serão
Caracol, São Lourenço do Piauí, Dom Inocêncio, Curimatá, Avelino Lopes, Morro
Cabeça no Tempo, Anísio de Abreu, Fartura do Piauí, Curral Novo, Jacobina,
Simões, Campinas do Piauí, Padre Marcos, Caridade e Betânia.
Para Raimundo João da Silva, coordenador
da Obra Kolping do Piauí, o projeto vai muito além do simples fato de levar
água para as escolas, pretende fomentar o desenvolvimento de práticas
educativas contextualizadas no semiárido. A ideia é que através do trabalho com
a cisterna os professores comecem a discutir mais sobre a realidade do
semiárido, produzindo conhecimentos que levem os educandos a compreenderem
melhor a região e suas potencialidades.
No Piauí, a Escola Municipal Liberato Vieira
no município de Ipiranga (PI), foi uma das primeiras instituições de ensino contempladas
com a cisterna de 52 mil litros. A partir da cisterna, a escola iniciou, com o
apoio da Universidade Federal do Piauí, o debate da Educação Contextualizada,
que resultou na construção uma horta escolar e do viveiro de mudas e na produção
de alimentos sem agrotóxicos, garantindo alimentação saudável. “A cisterna foi
uma coisa maravilhosa para nossa escola. Ela ajudou a envolver crianças, pais e
mães, professores. Estamos com a proposta da horta que está sendo usada em
nossa alimentação e pretendemos ampliar. Esta é uma ação muito importante”,
colocou Reginalda Ribeiro, diretora da escola.
O Projeto Cisternas nas Escolas é uma
realização da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA BRASIL), com o apoio do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e pretende implementar
2.500 cisternas em escolas de 255 municípios da região até o final deste ano. A
meta é a construção de 5 mil tecnologias até o ano de 2016.