quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Escola promove Oficina sobre Sementes Crioulas


A Escola Municipal Liberato Vieira realizou, na manhã desta quarta-feira (11/11), a Oficina sobre Sementes Crioulas, em parceria com a Escola de Formação Paulo de Tarso, organização não governamental vinculada a Articulação no Semiárido Brasileiro (Asa Brasil). Este trabalho está associado à proposta educativa desenvolvida na perspectiva da educação para a convivência com o semiárido.
O evento teve como objetivo discutir sobre a importância das sementes crioulas para melhoria da segurança alimentar do povo do semiárido brasileiro, bem como, fomentar o resgate uma tradição dos camponeses associada ao cuidado e cultivo das sementes crioulas como patrimônio genético da região.

As sementes crioulas favorecem uma melhor produção no semiárido, pois são adaptadas à região e cultivadas sem uso de agrotóxicos, portanto, são alternativas para uma safra mais sustentável, sem dependência de tecnologia de ponta, permitindo maior autonomia camponesa, bem como o respeito à biodiversidade.
Para Genival Araújo, técnico da Escola de Formação Paulo de Tarso, as sementes crioulas podem ser plantadas e replantadas, não necessitando serem compradas a cada safra em lojas agropecuárias, como ocorre com as híbridas ou transgênicas. Além disso, estas sementes se adaptam bem a cultivos agroecológicos, abandonando a necessidade da utilização de agroquímicos, sendo mais saudáveis para o consumo e sem agredir o meio ambiente.
Durante o evento, os 23  participantes, entre eles, professores, alunos e pais, assumiram o compromisso de fazer um levantamento e o cadastramento dos diferentes tipos de sementes crioulas cultivados nas comunidades, com o propósito de criar um banco de sementes que sirva de laboratório de estudos e, principalmente, como espaço para trocas de sementes e conhecimentos entre os agricultores familiares.
A Asa Brasil está construindo 49 bancos/casas de sementes no Piauí, contemplando 980 famílias distribuídas em 17 municípios, com o propósito de preservar as sementes crioulas, fortalecer a agricultura familiar e garantir maior sustentabilidade no semiárido.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Projeto Cisternas nas Escolas realiza Seminário de Educação para a convivência com o Semiárido


O Projeto Cisternas nas Escolas, coordenado pela Cáritas Brasileira Regional do Piauí, vai realizar nos dias 19 e 20 de novembro/2015, o Seminário de Educação para a convivência com o Semiárido, no Auditório do Picos Hotel, no município de Picos-PI.
O evento tem como objetivo contribuir para consolidação de uma proposta de educação para o Semiárido, que respeite e valorize o contexto, as identidades, a cultura e a diversidade da região.
Durante o seminário, os participantes terão a oportunidade de, num primeiro momento, discutir sobre os tema: “Semiárido: Que lugar é esse?” Caracterização, história e vida no semiárido”, a partir da exposição realizada por Carlos Humberto, da Cáritas Brasileira Regional do Piauí.
Em seguida, terá a exposição sobre a “Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro”, com a contribuição do Prof. da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e membro da Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB), Elmo de Souza Lima. 
Com o propósito de aprofundar a discussão sobre a educação para a convivência com o semiárido, o evento vai contar também com a socialização da experiência desenvolvida pela Escola Municipal Liberato Vieira, na área da educação contextualizada, no município de Ipiranga do Piauí.
Seminário faz parte da estratégia de formação do Projeto Cisternas nas Escolas, desenvolvido pela Articulação no Semiárido Brasileiro – Asa Brasil, coordenado pela Cáritas Regional na região de Picos e Paulista. Tem como público prioritário os educadores/as que fazem parte do projeto Cisternas nas Escolas, gestores públicos, estudantes, representantes de movimentos sociais.
O Projeto Cisternas nas Escolas está construindo no Piauí 186 cisternas escolares de 52 mil litros em 15 municípios na região semiárida, sendo 83 implementadas pela Cootapi & Associados em parceria com a Obra Kolping do Piauí e 103 construídas pela Cáritas Brasileira Regional do Piauí. Além da construção das cisternas, cada escola receberá um recurso que deverá ser utilizado na melhoria do sistema de captação e distribuição de água na instituição, como instalação de caixa d’água elevada e encanamento.