O Curso de Licenciatura em Educação do
Campo promoveu o II Encontro Interdisciplinar de Educação do Campo, no período
de 26 a 29 de abril, com o tema “Integrando e vivenciando saberes no sertão
piauiense”, na Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos.
O evento foi organizado junto
com a VI Semana de Biologia e contou com a participação de 250 estudantes e professores
que participaram de diversas atividades, como minicursos, palestras, mesas
redondas e apresentação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos pelos estudantes
do Curso de Licenciatura em Educação do Campo.
A Educação contextualizada no
Semiárido foi um dos temas de discutidos no evento. Na tarde do dia 27/04, o Prof. Dr. Elmo
de Souza Lima, do Centro de Ciências da Educação da UFPI – Teresina, fez uma
exposição sobre os princípios políticos que orientam as práticas educativas
contextualizadas, destacando a importância deste projeto de educação para o
desenvolvimento da região a partir da convivência com o semiárido.
Para a professora Dra. Tamaris Gimenez
Pinheiro, coordenadora do Curso de Licenciatura em Educação no Campo, o
evento foi pensado com o propósito favorecer a troca de experiência entre os estudantes acerca do trabalho que estão sendo desenvolvidos durante o curso.
“Essa integração com alunos e
professores de outros cursos cria uma identidade como estudantes
universitários, além de levar a comunidade rural para os acadêmicos da
instituição, que muitas vezes vêm da comunidade, mas não a enxergam com a
tamanha riqueza de material científico, de identidade e de história. E esse
curso quer realmente proporcionar este olhar, reconhecimento e identificação”,
destaca.
Sobre os temas trabalhados, a
coordenadora afirma que tudo o que está sendo apresentado é fruto de vivência
da educação do campo nas comunidades rurais e da integração com as ciências
biológicas.
Segundo Tamaris, o tema “integração” e
o “sertão” como foco principal “foi pensado pela valorização, porque o semiárido
e o sertão, historicamente, são degradados, abandonados e sempre vistos como
uma coisa feia e pobre. “Se olharmos em volta de tudo o que está sendo
produzido nestas comunidades que são do sertão e fincadas dentro do semiárido,
a gente consegue perceber uma riqueza imensa de tudo: de saberes, de cultura,
de historias, de pessoas, e isso têm que ser preservado”, disse a professora.
Durante o evento, o Núcleo da Rede de
Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB) em Picos fez uma reunião envolvendo educadores,
gestores e alunos da UFPI e da educação básica com o propósito de discutir as
estratégias de fortalecimento das experiências pilotos em educação
contextualizada no semiárido nos municípios de Picos, Itainópolis e Ipiranga.
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