sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fórum do Semiárido lança série de desenhos animados em Teresina


O Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido lançou na noite de ontem, dia 26/02,no Centro de Formação da Obra Kolping, a série de desenhos animados Água, Vida e Alegria no Semiárido, produzidos pela ASA Brasil.  
A série de desenhos foi construída em conjunto com 16 estudantes que cursavam a quarta série da Escola Doutor João de Oliveira Campos, na comunidade de Ponto Novo, em Riachão do Jacuípe, no estado da Bahia.  As crianças participaram de duas oficinas onde fizeram desenhos sobre a realidade em que vivem e as alternativas de convivência com o Semiárido praticadas na comunidade e construíram as histórias que serviram de mote para a criação do roteiro dos desenhos animados.
Os desenhos estão divididos em oito episódios que contam a aventura de um grupo de  crianças e de um mandacaru falante. Cada episódio traz um tema relacionado aos processos de convivência com o semiárido: Açude; Cisterna; Uso Racional da Água; Ciclo da Água; Saúde e Higiene; Poluição dos Rios; Passado, Presente e Futuro; e Direito à Água Potável.
Na ocasião, também foi lançado o vídeo documentário Desenhando Histórias que mostra o processo de criação dos desenhos. O vídeo aborda a questão da educação contextualizada, modelo de ensino e aprendizagem em que o saber dos alunos é valorizado e a realidade deles é inserida na sala de aula.
Durante o evento, a coordenadora de Convivência com o Semiárido do Governo do Estado, Lúcia Araújo, enfatizou a importância dos desenhos animados para o trabalho de educação para a convivência com o Semiárido nas escolas públicas do Estado.
Para Elmo Lima, membro da Rede de Educação no Semiárido e professor da UFPI, os desenhos irão fortalecer o trabalho desenvolvido nas escolas voltados para a convivência com o Semiárido, pois aborda os temas da convivência de forma lúdica, descontraída e com uma linguagem bem próxima do mundo das crianças.

A produção dos vídeos teve o apoio da Codevasf, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Ministério de Integração Social.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Secad realiza pesquisa sobre Educação Infantil no Campo

A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação realiza, até março, duas pesquisas sobre a educação infantil na área rural. O objetivo é montar um mapa da oferta existente e da diversidade de modelos criados por gestores municipais e, a partir daí, elaborar uma proposta de atendimento que contemple as realidades do país.
A abrangência da primeira pesquisa depende da resposta dos 26 secretários de educação dos estados e do Distrito Federal e dos gestores dos 5.565 municípios. Até fevereiro, os secretários devem responder, por correio eletrônico, a seis perguntas formuladas pela Secad. Entre elas, se oferecem, às comunidades do campo, educação infantil em creches e pré-escolas, em que municípios e há quanto tempo. De acordo com Wanessa Sechim, coordenadora-geral de educação no campo da Secad, ao ouvir os secretários, o MEC espera reunir dados institucionais sobre a estruturação das redes e a forma de atuação de cada uma na educação infantil na área rural de estados e municípios.
A outra pesquisa, de campo, compreenderá visitas a várias localidades para conhecer a diversidade de experiências de ensino infantil nas cinco regiões do país. O levantamento será realizado pelas consultoras Gilmara da Silva e Maria Joselma Assis da Silva a partir do próximo sábado, 15, e se estenderá até o fim de março. Elas vão buscar informações, conhecer as políticas adotadas e avaliar o impacto nas escolas.
O interesse da Secad, segundo Wanessa Sechim, é recolher dados da oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais. O conceito de diversidade está explícito no Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, que trata da política de educação no campo e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A população rural é formada por agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores assalariados rurais, quilombolas, caiçaras, povos da floresta e caboclos.
Fonte: Mec

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Escolas rurais do Piauí ganham cisternas e os alunos, água potável

A cisterna para uso da família está servindo também para a comunidade escolar. A tecnologia social, que acumula água da chuva para suprir as necessidades de consumo humano que já atendeu a mais de 300 mil famílias, foi estendida para escolas rurais de nove estados do Semiárido brasileiro. Nas unidades de ensino, os reservatórios tiveram sua capacidade ampliada para 52 mil litros. As cisternas de uso doméstico ou familiares armazenam 16 mil litros de água de chuva.
O projeto Cisternas nas Escolas, uma iniciativa da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), construiu 843 reservatórios em escolas da zona rural. Destas, 55 foram construídas em municípios piauienses por cinco organizações da sociedade civil que compõem o Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido – representação Estadual da ASA.
Os municípios contemplados com o projeto foram: Acauã, Capitão Gervásio Oliveira, Coronel José Dias, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Jacobina do Piauí, Jurema, Oeiras, Pedro II, Picos, Piracuruca, Queimada Nova, São José do Divino, São Raimundo Nonato.
Segundo Carlos Humberto Campos, coordenador executivo do Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido, a água da cisterna escolar será utilizada para o consumo de crianças, professores e funcionários de escolas. “No Semiárido, é comum muitas escolas até pararem de funcionar por causa da falta de água. A cisterna também deve ser utilizada como instrumento pedagógico, sendo a questão Convivência com o Semiárido trabalhada em sala de aula a partir dos conceitos da educação contextualizada”.
Na lógica do projeto, os professores e alunos são chamados a acompanhar o processo da implantação e a zelar pelo bom uso das cisternas e, além disso, a trabalhar a educação contextualizada a partir das cisternas. Deste modo, todas as disciplinas podem ser trabalhadas a partir do tema Água e Cisternas e, assim, o debate sobre a convivência com o Semiárido entra na escola.
As crianças que têm acesso à água de qualidade vivem uma situação diferente. Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que as crianças e adolescentes que tem cisternas em casa, estão mais presentes às atividades escolares (7,5%) do que aquelas que não possuem. Se essa tendência se confirmar, essas crianças permanecerão por um período maior na escola, obtendo um nível maior de escolaridade. Segundo dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, na prática, um ano a mais de estudo, representa um incremento de R$ 94 na renda mensal ou de R$ 1.128 por ano.
Para avaliar o projeto Cisternas nas Escolas, o Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido se reunirá com os gestores públicos e famílias nos dias 17 e 18 de fevereiro, no Picos Hotel. O projeto é realizado pela ASA Brasil em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a Agência de Cooperação Espanhola e o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS) e apoio do Unicef.

Fonte: Portal O Povo.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Missão italiana visitará Comunidade Quilombola em Esperantina

Um grupo de professores e alunos da Universidade dos Estudos de Verona na Itália vão visitar, nos dias 07 e 08 de fevereiro, a Comunidade Quilombola Olhos D´águas dos Negros no Município de Esperantina. Esta visita faz parte do Projeto de Intercâmbio Científico e Cultural Rodas de Culturas desenvolvido pelas Universidade Federal do Piauí, Universidade Estadual do Piauí e a Universidade dos Estudos de Verona.
O Projeto "Rodas de Culturas" visa estudar temas, realizar intervenções e produzir saberes sobre práticas culturais, juntamente com atores e atrizes sociais de grupos de comunidades quilombolas, grupos de mulheres, grupos de jovens, grupos homens e mulheres e grupos de crianças moradores de comunidades urbanas e rurais de Teresina, Floriano e Esperantina, na perspectiva de geração de renda, atividades artísticas, práticas umbandistas, trabalho com o corpo, saberes geracionais e migratórios, dentre outros, tendo como pano de fundo o processo de conhecimento transmitido e em transmissão de geração para geração, utilizando a proposta teórico-metodológica a mediação linguístico-cultural.
Durante a visita à comunidade, o grupo deve conhecer as tradições culturais locais, as alternativas de produção e sonhos e desejos da comunidade, bem como, trocar experiências com relação aos saberes produzidos pelos povos quilombolas. 
Além de participar das atividades na comunidade, os italianos deverão ter um encontro com as instituições públicas e as organizações sociais do município para discutir projetos que poderão ser implementandos na comunidade em parceria com as universidades envolvidas no projeto. 
Um dos focos do Projeto será a formação dos professores que atuam na comunidade como forma de potencializar uma maior interação com a comunidade, valorizando seus saberes e tradições, favorecendo o desenvolvimento de projetos educativos voltados para a realidade sociocultural da comunidade e a formação de jovens críticos e comprometidos com a preservação dos saberes e das tradições culutrais produzidas ao longo dos anos pelos povos quilombolas.