sábado, 10 de dezembro de 2016

Projeto Viva o Semiárido seleciona formadores em educação contextualizada no Piauí


O Projeto Viva o Semiárido, desenvolvido pelo Governo do Estado do Piauí em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA, lançou edital de seleção para a contratação de formadores(as) especializados(as) em Educação do Campo e Contextualizada para realizar a formação de professores e gestores das escolas em 40 municípios do semiárido piauiense.
Serão contratados 05 formadores(as) em educação contextualizada que darão suporte teórico ao planejamento e realizarão a formação de professores e gestores das escolas estaduais e municipais, Centros Educacionais de Educação Profissional Rural – CEEPRU’s e Escolas Famílias Agrícolas – EFA’s, prestando-lhes assistência nas atividades a serem desenvolvidas nas escolas no decorrer do projeto.
Os candidatos precisam ser graduados em pedagogia ou licenciatura, possuir pós-graduação em Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido ou Educação do Campo (latu ou stricto sensu) e ter experiência mínima de cinco anos comprovada em Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido ou Educação do Campo, com ênfase em formação e/ou gestão.

Área de atuação do projeto

O processo de contratação está sob a responsabilidade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O contrato terá vigência de 18 meses e os formadores irão atuar nos territórios do Vale do Sambito, Vale do Rio Guaribas, Vale do Rio Canindé e Serra da Capivara. As inscrições poderão ser efetivadas até o dia 16/12/2016 no site do IICA: http://www.iicabr.iica.org.br/pessoa-fisica
 O Projeto Viva o Semiárido integra a estratégia do desenvolvimento territorial sustentável e participativo do Governo do Piauí, da qual fazem parte as políticas públicas de redução da pobreza e do desenvolvimento rural. Essa estratégia de desenvolvimento territorial articula o poder público governamental e a sociedade civil na definição de investimentos prioritários em cada território, os quais são consolidados nos Planos Locais e Regionais de Desenvolvimento.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Projeto Cisterna nas Escolas promove intercâmbio sobre educação contextualizada no Semiárido

O Projeto Cisternas nas Escolas, coordenado pela Obra Kolping do Piauí, promoveu um intercâmbio de experiência na área da educação contextualizada no semiárido na Escola Municipal Liberato Vieira, localizada na comunidade Brejo da Fortaleza, no município de Ipiranga do Piauí.
O intercâmbio contou com a participação de 38 professores dos municípios de Pio IX e Monsenhor Hipólito e teve como objetivo possibilitar a troca de experiências entre os professores visitantes com os alunos, pais e educadores envolvidos nas atividades educativas desenvolvidos na Escola Municipal Liberato Vieira, dentro da proposta de educação para a convivência com o semiárido.
Durante o intercâmbio, os professores visitantes tiveram a oportunidade de conhecer os espaços pedagógicos (horta pedagógica, viveiro de mudas, banco de sementes, dentre outros) construídos pela equipe pedagógica da Escola Liberato Vieira com o propósito de fomentar o processo de contextualização e articulação teoria prática na produção do conhecimento escolar.
Além disso, os estudantes da Escola compartilharam as experiências vivenciadas durante os projetos educativos, destacando aquelas relacionadas à inserção crítica na realidade da comunidade, aos trabalhos de pesquisas desenvolvidos na horta pedagógica, no viveiro de mudas, bem como, junto às famílias. Além disso, apresentaram algumas atividades artísticas e culturais desenvolvidas na escola a partir do trabalho de resgate e valorização da cultura popular do sertão.
Para a monitora pedagógica do Projeto Cisterna nas escolas, Priscilla Carvalho, o intercâmbio foi importante por que possibilitou que os professores pudessem se apropriar melhor dos princípios que fundamentam a educação contextualizada a partir da experiência concreta vivenciada por professores, alunos e comunidade na comunidade do Brejo da Fortaleza.
Priscilla Caralho acrescentou ainda que esta atividade deixou os professores animados por que tiveram a oportunidade de visualizar, no diálogo com a equipe pedagógica da Escola Liberato Vieira, as possibilidades de repensar suas práticas educativas a partir de pequenas iniciativas que podem ser desenvolvidas na escola.
De acordo com Reginalda Alves, diretora da Escola Municipal Liberato Vieira, o intercâmbio foi muito rico por que favoreceu a troca de experiência entre professores de diferentes municípios. Se por um lado, os alunos e professores da escola tiveram a oportunidade de partilhar suas experiências e saberes, por outro, tiveram as contribuições e o reconhecimento do trabalho por parte do público visitante. Isto incentiva e motiva ainda mais a comunidade escolar em continuar apostando na proposta da educação contextualizada no semiárido, afirmou Reginalda.
Este intercâmbio de experiência é parte da estratégia de formação do Projeto Cisternas nas Escolas, desenvolvido pela Articulação no Semiárido Brasileiro – Asa Brasil, coordenado pela Obra Kolping do Piauí e a Cáritas Regional do Piauí. Tem como público prioritário os educadores/as que fazem parte do projeto Cisternas nas Escolas, gestores públicos, estudantes, representantes de movimentos sociais.
O Projeto Cisternas nas Escolas prevê a construção de cisternas escolares de 52 mil para o abastecimento da escola, bem como, a formação dos profissionais da escola com relação ao gerenciamento dos recursos hídricos, a convivência com o semiárido e a introdução à educação para a convivência com o semiárido.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Educadores concluem Curso de Formação de Formadores em Educação Contextualizada no Piauí

Um grupo formado por 27 professores da rede pública e educadores vinculados às organizações sociais concluiu, nos dias 21 e 22 de outubro de 2016, o Curso de Formação de Formadores em Educação Contextualizada no Semiárido, promovido pela Rede de Educação do Semiárido (RESAB) e a Universidade Federal do Piauí.
O Curso de Formação foi realizado no período de agosto/2015 a outubro/2016 e teve como objetivo aprofundar os estudos sobre as bases teórico-metodológicas, filosóficas e político-pedagógicas que norteiam as concepções e práticas de educação do campo e educação contextualizada no semiárido.
A proposta de formação foi organizada em quatro módulos temáticos voltados à discussão, por um lado, dos aspectos sócio-históricos, políticos, econômicos e culturais do semiárido e, por outro, dos aspectos teórico-metodológicos e políticos pedagógicos que norteiam os projetos de educação para a convivência. Os módulos serão desenvolvidos a partir das seguintes temáticas:
Módulo I: Semiárido Brasileiro: aspectos sócio-históricos, geoambientais, políticos e culturais;
Módulo II: Educação Contextualizada no Semiárido: bases teóricas e concepções político-pedagógicas.
Módulo III: Práticas educativas no contexto do Semiárido: referenciais teórico-metodológicos
Módulo IV: Currículo, cultura e conhecimento: estratégias de integração e contextualização dos projetos educativos.
A metodologia de trabalho baseou-se na pedagogia freireana e na educação popular, tendo como eixo central a problematização das condições socioeconômicas, políticas e culturais do semiárido, bem como, dos pressupostos teórico-metodológicos que dão sustentação às práticas educativas desenvolvidas nas escolas do semiárido.
De acordo com Maria de Cantalice, da coordenação da RESAB, o curso foi importante por que possibilitou importantes momentos para as trocas de experiências entre os educadores, bem como, o aprofundamento das discussões acerca das bases teóricas, políticas e pedagógicas que dão sustentação a proposta de educação para a convivência com o semiárido.
No encerramento do curso, os educadores assumiram o compromisso de continuar se reunindo com o propósito de produzir uma publicação com a sistematização das experiências de educação para a convivência com o semiárido desenvolvidas no Piauí. Além disso, darão continuidade aos Cadernos Pedagógicos de Formação de Educadores no Semiárido que irão subsidiar o trabalho do Grupo de Formadores da RESAB, bem como, as organizações e os municípios que tenham interesse em desenvolver projetos na área da formação de educadores no semiárido.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Pesquisadores lançam livro sobre educação do campo no Encontro de Pesquisa Educacional do Nordeste

Pesquisadores do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí (UFPI) lançaram o livro “Educação do campo: reflexões políticas e teórico-metodológicas”, durante o XXII Encontro de Pesquisa Educacional do Nordeste, realizado no período de 20 a 23 de setembro de 2016 em Teresina - PI.

A coletânea organizada pelo prof. Dr. Elmo de Souza Lima (UFPI) e a Profa. Ms. Keylla Rejane Almeida Melo (UFPI) reúne 10 artigos de pesquisadores da UFPI e de outras universidades do Nordeste que têm a Educação do Campo como objeto de estudo e como bandeira de luta.

Para Elmo Lima, o propósito deste trabalho é fomentar a discussão entre educadores, pesquisadores e demais sujeitos sociais acerca das políticas e práticas educativas desenvolvidas nas escolas do campo, confrontando-as com as proposições teórico-práticas construídas em diálogo com os movimentos sociais, visando à implementação de projetos educativos que, partindo dos anseios dos camponeses, se coloco enquanto um projeto coletivo de emancipação política e cultural.

Os textos reunidos pretendem subsidiar reflexões docentes que se encaminhem para mudanças de concepções sobre conhecimento e educação escolar, resultando, assim, na transformação das práticas educativas que se desenvolvem no contexto das escolas do campo.

Os trabalhos que compõem a obra buscam estabelecer um diálogo entre as bases teóricas e político-pedagógicas da educação do campo e as experiências desenvolvidas pelos/as educadores/as e movimentos sociais, de modo a assegurar à materialização dos princípios que dão sustentação a proposta de educação do campo.

sábado, 17 de setembro de 2016

Encontro Nacional discute estratégias de fortalecimento da educação contextualizada no semiárido

 À luz da teoria de Paulo Freire, dezenas de educadoras e educadores populares de todo o Semiárido participaram, nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2016, em Teresina – PI, do Encontro Nacional de Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido, realizado pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), com a participação de 90 pessoas vindas dos 11 estados que compõem a região semiárida.
E “esperançar” foi o verbo que deu o tom inicial do Encontro Nacional de Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido, realizado pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). “Precisamos esperançar no sentido que Paulo Freire dizia: esperançar é juntar-se com outros e outras para fazer de outro modo. E estamos aqui hoje tentando manter o verbo esperançar para continuar a luta e é este o objetivo da ASA de construir uma educação como processo de vida e com uma perspectiva de inserir na sociedade pessoas novas para que possamos combater as tantas desesperanças”, enfatizou o Coordenador executivo da ASA pelo estado do Piauí, Carlos Humberto.
A mesa de abertura contou também com a apresentação da experiência em educação da Escola Municipal Liberato Vieira, localizada na comunidade Brejo da Fortaleza, município de Ipiranga do Piauí, que a partir de ações simples como hortas escolares conseguiu envolver estudantes, professores e comunidade. A estudante e amiga da escola Verônica Fontes de Souza que vivenciou a mudança na localidade destacou o conselho que sempre ouviu de uma de suas professoras. “É como ela diz: Não vamos ligar somente para o que a professora diz na escola, vamos nos importar com a nossa comunidade porque é dela que vocês vão avançar o aprendizado de vocês, porque se não conhecermos a realidade de nossa comunidade jamais poderemos ser sabedores de nossa ciência”.
A Rede de Educação do Semiárido (Resab) também protagonizou esse primeiro momento. Vera Maria Oliveira Carneiro que faz parte da Rede enfatizou que é preciso que a educação contextualizada seja mais que um discurso. “Nós trabalhamos com uma proposta de educação contextualizada que além de perpassar pelos conteúdos para transformação dos sujeitos a partir da proposta de convivência com o Semiárido, precisa se transformar em uma politica pública de comunicação. A educação contextualizada vai desde o ensino fundamental até à universidade para que a escola não seja só uma repassadora de conteúdo, mas da construção de uma nova sociedade e de um novo Semiárido”, disse.
Neste contexto, o pesquisador e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais,Miguel Arroyo, convidado para falar sobre “o papel da educação popular na transformação social”, salientou o quanto é necessário transformar a realidade por meio da educação e provocou os presentes a pensar além. “Educação do Semiárido é outro projeto de Semiárido, é outro projeto de campo, é outro projeto de sociedade. Só lutar por um outro projeto de Semiárido sem pensar um outro projeto de sociedade é pensar pequeno, pois se queremos alargar a nossa concepção de educação contextualizada não pode ser para que fique fechada neste contexto, ao contrário, colocar este contexto em outro projeto de campo que sirva para a dignidade do bem viver”.
A fala do estudioso baseou-se em três principais palavras: vida, cultura e Semiárido. Para ele, a escola hoje não fala de vida, mas apenas de ensinar e aprender e por isso estamos ameaçando o direito à vida. Além disso, Arroyo explica que “a escola está muito centrada no conhecimento e menos na cultura, e o direito à cultura é muito mais radical do que o direito ao conhecimento. 80% dos conteúdos dos currículos são de saberes inúteis. E um saber que não ajuda a entender-me para que me serve?”.
Para Arroyo, o Brasil vive um momento delicado e este é um momento de reflexão para nós e importante do ponto de vista político, social e econômico. “Nós vivemos um momento de desafios, mas também de grandes oportunidades. Nós estamos firmes no nosso objetivo de construir um país melhor”. O importante é não desistir dos nossos sonhos, e falar de sonho e caminhada é falar de educação, de luta pela construção uma sociedade justa e democrática.
Na tarde do dia 13/09, os participantes do evento compartilharam as inúmeras experiências desenvolvidas nos seus estados e municípios na perspectiva da educação para a convivência com o semiárido. São experiências que estão mobilizando centenas de educadores, educandos e agricultores no sentido de construir práticas educativas que possibilitem a produção de conhecimentos que tenha a realidade do semiárido como ponto de partida para a compreensão e o desvelamento do mundo.
Na quinta-feira, a programação do evento foi organizada a partir da socialização de experiências exitosas na área da educação contextualizada no semiárido, numa interface com as temáticas: educação, gênero e sexualidade; Escola Família Agrícola; Educação e agroecologia; Educação e povos tradicionais; Políticas públicas e educação; relação entre o direito à terra e a educação.
Após a apresentação das experiências, os grupos de trabalho dedicaram-se à construção de estratégias políticas e pedagógicas que possibilitem a ampliação da educação contextualizada no Semiárido dentro da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA BRASIL).
Segundo Rafael Neves, coordenador do programa Cisterna nas Escolas, com este programa a ASA passa a se inserir numa dimensão importantíssima para a transformação da realidade do Semiárido. “Defender uma educação contextualizada é defender uma processo educativo no qual os filhos e filhas das famílias agricultoras não passem mais pelo desmerecimento dos saberes locais e pela desvalorização do trabalho de seus pais e suas mães no roçado, na lida no campo”, assegura ele.
Na mesa de encerramento do evento, os representantes da Asa Brasil e da Rede de Educação no Semiárido Brasileiro assumiram o compromisso de aprofundar o diálogo entre as duas redes, bem como, de fomentar o debate e as articulações nos estados com o propósito de consolidar as experiências de educação para a convivência com o semiárido e luta em defesa de um projeto de educação que contribua na transformação da região.
Fonte: Asacom

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Miguel Arroyo participa de palestra em Teresina

O professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Miguel Arroyo, irá proferir palestra, com o tema: “O papel da educação na transformação social”, às 9h do dia 13 de setembro de 2016, no Hotel Cabana, na zona sul de Teresina.
Miguel Arroyo tem contribuído nos últimos anos na construção de projetos de educação voltados à formação crítica do cidadão e a transformação social. Acompanha de perto Setor de Educação do Movimento Sem Terra (MST), bem como, contribui com governos populares na construção de experiências educativas comprometidos com a formação cidadã. É integrante também da Cátedra Paulo Freire na PUC/SP.

A palestra do Professor Miguel Arroyo faz parte da programação do Encontro Nacional de Educação Contextualizada da Articulação no Semiárido Brasileiro (Asa Brasil) que será realizado nos dias 13, 14 e 15 de setembro, e contará com a participação de mais de 80 organizações e movimentos sociais dos 11 estados do semiárido brasileiro.

O Encontro contará ainda com apresentações de experiências na área da educação para a convivência com o semiárido e Educação do Campo, Grupo de Trabalhos e mesas de debates e tem como objetivo traçar estratégias para o fortalecimento da educação para a convivência e a Educação do Campo no semiárido brasileiro.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

UFPI promove Ciclo de Debate sobre Educação do Campo

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo (NUPECAMPO), vinculado ao Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí, promoverá nos dias 28 e 29 de junho/2016, o I Ciclo de Debate sobre Educação do Campo, no Auditório Salomé Cabral – CCE/UFPI.
O Ciclo de Debate tem como objetivo fomentar reflexões sobre as diferentes concepções que permeiam o debate da Educação do Campo, bem como, compreender os avanços políticos conquistados na luta pela Educação do Campo no Brasil.
O evento é gratuito e será direcionado prioritariamente para professores, estudantes de graduação e pós-graduação e militantes de movimentos sociais. Os interessados poderão fazer a inscrição na Coordenação de Educação do Campo e Departamento de Fundamentos da Educação no Centro de Ciências da Educação – UFPI, no período de 10 a 27 de junho/2016.

PROGRAMAÇÃO:

TERÇA-FEIRA - 28 DE JUNHO/2016

17h - Credenciamento
Apresentação musical
18h - Abertura
19h - MESA I: O Povo do Campo tem Direito à Educação?
Exposição: Profa. Maria Sueli Rodrigues (CCHL/UFPI)
Coord.: Patrícia Lima

QUARTA-FEIRA - 29 DE JUNHO/2016

8h - Apresentação musical
8h30 - MESA II: Da Educação Rural à Educação do Campo
Exposição: Prof. Francisco Williams (CCE/UFPI) e Prof. Baltazar Cortez (CCE/UFPI)
 Coord.: Maria Sueleuda P. da Silva

10h30 às 11h30 - Socialização de Experiências em Educação do Campo
-                       -       Experiência do MST;
-        Escola Família Agrícola - Fundação Santa Angela
14h - MESA III:  A Formação de Educadores do Campo: as contribuições das Licenciaturas em Educação do Campo
Exposição: professores do Curso de Licenciatura em Educação do Campo UFPI
Coord.: Elmo de Souza Lima
16h30 às 17h30 - Socialização de Experiências em Educação do Campo
-        Centro de Formação Mandacaru
-        Escola de Formação – CONTAG/FETAG

18h - MESA IV: As Políticas de Educação do Campo no Brasil
Exposição: Marli Clementino (CCE/UFPI) e Profa. Raimunda Alves Melo (CCE/UFPI)
Coord.: Luiz Jesus Santos Bonfim

sábado, 30 de abril de 2016

II Encontro Interdisciplinar de Educação do Campo discute sobre Educação contextualizada no Semiárido

O Curso de Licenciatura em Educação do Campo promoveu o II Encontro Interdisciplinar de Educação do Campo, no período de 26 a 29 de abril, com o tema “Integrando e vivenciando saberes no sertão piauiense”, na Universidade Federal do Piauí, Campus de Picos.
O evento foi organizado junto com a VI Semana de Biologia e contou com a participação de 250 estudantes e professores que participaram de diversas atividades, como minicursos, palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos pelos estudantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo.
A Educação contextualizada no Semiárido foi um dos temas de discutidos no evento. Na tarde do dia 27/04, o Prof. Dr. Elmo de Souza Lima, do Centro de Ciências da Educação da UFPI – Teresina, fez uma exposição sobre os princípios políticos que orientam as práticas educativas contextualizadas, destacando a importância deste projeto de educação para o desenvolvimento da região a partir da convivência com o semiárido.
Para a professora Dra. Tamaris Gimenez Pinheiro, coordenadora do Curso de Licenciatura em Educação no Campo, o evento foi pensado com o propósito favorecer a troca de experiência entre os estudantes acerca do trabalho que estão sendo desenvolvidos durante o curso.
“Essa integração com alunos e professores de outros cursos cria uma identidade como estudantes universitários, além de levar a comunidade rural para os acadêmicos da instituição, que muitas vezes vêm da comunidade, mas não a enxergam com a tamanha riqueza de material científico, de identidade e de história. E esse curso quer realmente proporcionar este olhar, reconhecimento e identificação”, destaca.
Sobre os temas trabalhados, a coordenadora afirma que tudo o que está sendo apresentado é fruto de vivência da educação do campo nas comunidades rurais e da integração com as ciências biológicas.
Segundo Tamaris, o tema “integração” e o “sertão” como foco principal “foi pensado pela valorização, porque o semiárido e o sertão, historicamente, são degradados, abandonados e sempre vistos como uma coisa feia e pobre. “Se olharmos em volta de tudo o que está sendo produzido nestas comunidades que são do sertão e fincadas dentro do semiárido, a gente consegue perceber uma riqueza imensa de tudo: de saberes, de cultura, de historias, de pessoas, e isso têm que ser preservado”, disse a professora.
Durante o evento, o Núcleo da Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB) em Picos fez uma reunião envolvendo educadores, gestores e alunos da UFPI e da educação básica com o propósito de discutir as estratégias de fortalecimento das experiências pilotos em educação contextualizada no semiárido nos municípios de Picos, Itainópolis e Ipiranga.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Estudantes do semiárido participam de atividades durante a Semana da Água

Diversas escolas realizaram atividades educativas na Semana da Água (21 a 25 de março/2016) voltadas à discussão sobre a importância e o uso sustentável da água no semiárido brasileiro, buscando incentivar a adoção de práticas de convivência com o semiárido.
A Escola Municipal Liberato Vieira, localizada em Ipiranga, realizou visita de intercâmbio na comunidade Caatinga Alta como parte das atividades desenvolvidas durante a Semana da Água. Durante a atividade os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a experiência de uso racional da água a partir da captação e armazenamento de água de chuva para consumo humano e produção de alimentos em uma propriedade familiar. 
Na propriedade de Seu Valmair, beneficiária do Programa Uma Terra e Duas águas - P1+2, professores e alunos conheceram a Cisterna Calçadão, com capacidade de armazenamento de 52 mil litros de água para a produção de alimentos e a Cisterna de Placas com 16 mil litros. O P1+2 é executado no município pela Escola de Formação Paulo de Tarso (EFPT) e a Asa Brasil.
Além dessas tecnologias, o agricultor apresentou as atividades que desenvolve no seu quintal produtivo como: criação de porcos, criação de ovelha, criação de galinha caipira, criação caprinos, horta orgânica, pomar orgânico, cultivo de palma forrageira e prática de raleamento da caatinga para formação de pastagem nativa para os animais.
Durante o intercâmbio, a equipe de técnicos da EFPT fez ainda demonstração de algumas práticas agroecológicas referentes ao manejo sustentável do solo e da água entre elas: curvas de nível, cobertura morta do solo, precipitação de chuvas.
Para Genival Araújo, técnico da EFPT, a atividade foi positiva uma vez que tive a participação de alunos, professores, pais e funcionários da Escola Liberato Vieira. Para ele, as práticas agroecológicas vivenciadas durante esta atividade mostram o quanto é importante fazermos a integração da educação com a agricultura familiar. Por isto “é fundamental reforçar a importância da educação contextualizada para a melhoria da qualidade de vida nas comunidades rurais do semiárido”, conclui.
Além da visita de intercâmbio, os professores desenvolveram atividades interdisciplinares na escola voltadas à discussão e o aprofundamento sobre a importância da água no semiárido, bem como, sobre as alternativas de captação e uso sustentável da água.
Este trabalho faz parte do Projeto de Educação contextualizada no Semiárido desenvolvido pela Escola Municipal Liberato Vieira, desde 2012, numa parceria entre a Universidade Federal do Piauí, a Rede de Educação no Semiárido Brasileiro e a Escola de Formação Paulo de Tarso.

quarta-feira, 23 de março de 2016

UFPI lança edital de seleção da Licenciatura em Educação do Campo

A Universidade Federal do Piauí lançou o Edital de Seleção destinado ao preenchimento de 240 (duzentas e quarenta) vagas, nos Cursos de Licenciatura em Educação do Campo, assim distribuídas: 60 vagas - Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza – Teresina; 60 vagas - Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza –  Picos; 60 vagas - Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza – Floriano; 60 vagas – Licenciatura em Educação do Campo/Ciências Sociais e Humanas – Bom Jesus. 
Os cursos são organizados em sistema de alternância, na forma de blocos integrados. Cada bloco divide-se em atividades de Tempo-Universidade e Tempo-Comunidade. As atividades anuais de Tempo-Universidade serão de 60 dias, no período de férias, o restante será destinado às atividades da dimensão tempo-comunidade que serão orientadas e acompanhadas pelos professores nos períodos em que não estão em sala da aula.Ao final de cada disciplina, haverá a orientação de atividades a serem realizadas no tempo-comunidade.
Poderão participar do Processo Seletivo professores e outros profissionais da educação em exercício nas escolas do campo da rede pública que não tenham formação em nível superior; professores e outros profissionais da educação que atuem nos centros de alternância ou em experiências educacionais alternativas de Educação do Campo; jovens e adultos de comunidades do campo e participantes de instituições e movimentos sociais que atuam no espaço socioterritorial do campo, que não tenham formação em nível superior.
As inscrições poderão ser efetuadas exclusivamente via internet, no endereço eletrônico www.ufpi.br/copese, no período de 05/04/2016 até 04/05/2016. O processo seletivo consiste numa prova escrita com 30 (trinta) questões, sendo 10 (dez) questões de Língua Portuguesa, 10 (dez) questões de Matemática e 10 (dez) questões de Conhecimentos Gerais do tipo objetiva de múltipla escolha e de uma Redação.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Movimentos sociais se mobilizam contra militarização de escolas públicas no Piauí


A Central Única dos Trabalhadores no Estado do Piauí (CUT-PI) vem articulando um grupo de entidades e movimentos sociais com o propósito de aprofundar a discussão sobre o projeto de militarização de escola e promover atos e mobilizações contra militarização de escolas públicas no Estado do Piauí.
Para o presidente da CUT-PI, Paulo Bezerra, “A CUT-PI não acredita que a militarização nas escolas possa trazer algo que venha somar mais a educação já implementada pela secretária de Educação no Estado do Piauí, acreditamos que podemos ter a nossa posição, fortalecemos ser contrários, vamos continuar fazendo esse debate, tem que ser implementado de fato é o sistema educacional tradicional que é um projeto de educação para estados e municípios, uma responsabilidade do estado e não do sistema militar dos pais”.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (SINTE-PI) também vem se mobilizando contra o projeto de militarização das escolas. Para Kassyus Lages, Secretário de Comunicação do SINTE-PI, "Temos uma divergência com o governo do estado do Piauí com relação a militarização nas escolas, tendo em vista que não é a solução para disciplina destas, e não tão pouco para melhorias da qualidade desse tipo de ensino.
Os debates em torno da militarização das escolas públicas também têm envolvidos especialistas e pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e do Instituto Federal de Educação do Piauí (IFPI). Além disso, tem mobilizando também membros dos grupos de direitos humanos e do direito da criança e do adolescente.
Na última plenária realizada pela CUT-PI, no dia 05 de fevereiro, decidiu-se pela produção de um manifestado contra a militarização das escolas públicas, que foi assinado por mais de 50 entidades e organizações sociais, e a realização de um ato público no Teatro de Arena em Teresina, no dia 15 de fevereiro.
Além disso, está programada também a realização da Mesa de Debate: “Educação pública e práticas de liberdade: contra a militarização das escolas”, no dia 03/03/2016, no auditório do Centro de Ciências da Educação da UFPI.

Processo de militarização no Brasil
Este processo de militarização das escolas públicas vem ocorrendo em vários outros estados brasileiros, a exemplo de Goiás, Amazonas e Sergipe. A chama "militarização" das escolas aparece como uma resposta à crescente violência no ambiente estudantil, seja contra professores, servidores ou entre os próprios alunos, além de relatos de tráfico de drogas.
Para a doutora em Ciência da Educação e coordenadora do Observatório de Violência nas Escolas do Brasil, Miriam Abramovay, o caso da violência entre adolescentes e jovens não vai ser resolvido somente com repressão e disciplinamento. Este fato está relacionado também com as questões estruturais da sociedade, as desigualdades sociais e a ausência de políticas públicas na área de educação, cultura, esporte e lazer para a juventude. 

Veja o manifesto contra a militarização das escolas