terça-feira, 26 de outubro de 2010

Colóquio de educação para a convivência com o Semiárido


A Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB/PI) realizará nos dias 11 e 12 de novembro\2010, em São Raimundo Nonato, o Colóquio de Educação para a Convivência  com o Semiárido,  com o propósito de discutir as ações de educação contextualizada desenvolvidas no Estado e socializar os trabalhos de pesquisa executados pelos professores(as) da rede municipal e estadual de ensino do primeiro Curso de Especialização sobre Educação Contextualizada no Semiárido, realizado  numa  parceria entre a RESAB, Secretaria de Educação do Estado e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no Território Serra da Capivara.  
O Curso de Especialização encerrou suas atividades no mês de julho, contou com a participação de 56 cursistas, e teve como objetivo geral: contribuir na formação de professores da rede publica de ensino e educadores populares, que atuam nas entidades parcerias da RESAB, para o desenvolvimento de processos educativos contextualizadas, que dialoguem com os saberes locais e possibilitem o desenvolvimento de novos conhecimentos e práticas culturais voltadas para os principio da convivência com o Semiárido.
Durante o evento será lançado o livro Semiárido Piauiense: Educação e Contexto produzido pela RESAB, com a participação dos professores(as) que contribuíram durante  o  curso. O livro é uma coletânea de textos e artigos, sobre os conteúdos trabalhados no curso. e  foi publicado em parceria com o Instituto  Nacional do Semiárido – INSA.

PROGRAMAÇÃO:

QUINTA-FEIRA 11/11/2010

8h30 - Abertura
           Apresentação cultural
           Apresentação do evento.
           Mesa de abertura;

10h00 – Painel: A educação para a convivência com o Semiárido como alternativa de desenvolvimento sustentável
             Expositores:
           Sílvio Rossi (INSA);
           Elmo de Sousa Lima (RESAB - UFPI).

11h00 - Debate

14h00 – Socialização de experiências sobre Educação para a convivência com o Semiárido
          Experiência da Cáritas Diocesana de São Raimundo Nonato;
          Experiência da Eco Escola Thomas a Kempf - Pedro II

15h30 - Intervalo
          Experiência da Rede Municipal de Ensino de Jaicós;
          Experiência da Rede Escola Família Agrícola Serra da Capivara;

19h00 – Noite Cultural
           Lançamento do Livro: “Semiárido Piauiense: Educação e contexto;
           Feira de Saberes e Sabores do Semiárido
           Apresentações Culturais

SEXTA-FEIRA (12/11/2010)

8h30 – Socialização dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos no Curso de Especialização em Educação Contextualizada no Semiárido
           Sala Temática 01: Práticas educativas e Currículo contextualizado no Semiárido;
           Sala Temática 02: O ambiente Semiárido e as alternativas de convivência;

14h – Painel: Traçando as estratégias de construção de políticas de educação para a convivência com o Semiárido no Piauí
            Expositores:
          Representante do Fórum do Semiárido;
          Representante da RESAB-PI.

15h30 – Apresentação das estratégias de construção das políticas de educação para a convivência no Piauí

17h30 - Encerramento

UFPI realiza debate sobre educação do campo


O PET (Programa de Educação Tutorial) de Pedagogia realizou nessa terça-feira (26 de outubro) um debate sobre Educação do Campo dentro da programação do Ciclo de Debates em Educação, no auditório do CCE.

Participaram da mesa de debate, os professores da UFPI: Elmo de Souza Lima, Baltazar Campos Cortez e Ariosto Moura da Silva que discutiram sobre as perspectivas da educação do campo, as diretrizes operacionais para as escolas do campo e as alternativas de educação desenvolvidas no meio rural, com destaque para os trabalhos desenvolvidos pelas Escolas Famílias Agrícolas. 
 
Durante o debate, os professores que anunciaram que está sendo discutida a criação de um grupo de estudos e pesquisas na universidade sobre educação do campo como forma de ampliar essa discussão sobre Educação do Campo no Estado, bem como fomentar o desenvolvimento de novos projetos voltados para a formação de educadores do campo. A produção científica na área da educação do campo também será um dos focos de trabalho desse núcleo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Escola do norte do Piauí tem cisterna construída no início de novembro

Paula Andreas - Comunicadora Popular da ASA 
O Centro de Formação Mandacaru, com sede em Pedro II no Piauí, vai iniciar a construção das cisternas escolares no início de novembro, em um curso de capacitação de pedreiros no município de São José do Divino.
A ação faz parte do Projeto Cisterna nas Escolas, que prevê a construção de cisternas de 52 mil litros em 843 escolas públicas localizadas na zona rural que enfrentam problemas com a falta de água para beber em nove estados do Semiárido.
Através do Centro de Formação Mandacaru, serão beneficiadas 15 escolas nos municípios de Piracuruca, São José do Divino e Pedro II.  Em cada um destes municípios serão construídas cinco cisternas. As escolas das comunidades Brejinho, Mangabeira, São Luiz de Baixo, Santo Antonio de Baixo e Vista Alegre serão beneficiadas nesta primeira etapa.
Para isso foram realizados três cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH) para 30 pessoas, entre professores(as), diretores(as) das escolas e agentes comunitários de saúde que acompanham essas localidades.

O Projeto Cisternas nas Escolas é realizado pela ASA Brasil em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a Agência de Cooperação Espanhola e o Instituto Ambiental Brasil Sustentável e apoio do Unicef.

Fonte: Fórum do Semiárido.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Escolas do Semiárido piaiuiense serão beneficiadas com cisternas

O Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido irá 55 cisterna em mais de cinquenta escolas do campo nos municípios do Semiárido piauiense. Nas unidades de ensino, os reservatórios terão sua capacidade ampliada para 52 mil litros. As cisternas de uso doméstico ou familiares armazenam 16 mil litros de água de chuva.
As escolas selecionadas possuem, na grande maioria, infraestrutura precária e, entre os principais problemas, está a falta de água. O abastecimento é feito através de carros-pipa e outras fontes como barreiros, cacimbas e poços, geralmente distantes das unidades escolares e com água imprópria para consumo.
Essa iniciativa, denominada de Cisterna nas Escolas, é uma ação articulada ao projeto do Programa 1 Milhão de Cisternas da Articulação no Semi-Árido (ASA). Além do Piauí, mais 8 estados (Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará) serão contemplados com a construção de 843 cisternas em escolas rurais.
De acordo com Genival Araújo, coordenador da Unidade Gestora do Programa 1 Milhão de Cisternas na região de Picos, o projeto vai desenvolver também processos formativos envolvendo a comunidade escolar, principalmente os professores, como forma de fortalecer a proposta de convivência com o semiárido.
O Projeto Cisternas nas Escolas é realizado pela Articulação no Semi-Árido (ASA Brasil) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a Agência de Cooperação Espanhola e o Instituto Ambiental Brasil Sustentável e apoio do Unicef.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O resultado das eleições nos estados do Semiárido


Dos dez estados do Semiárido – toda a região Nordeste e Minas Gerais – sete escolheram os seus governadores no primeiro turno das eleições ocorridas no domingo passado (3), sendo seis reeleitos.
Estão nesta situação, os estados da Bahia, que elegeu com 63,83% dos votos válidos Jacques Wagner (PT), Ceará que manteve no cargo Cid Gomes (PSB) com 61,27%, Pernambuco com Eduardo Campos (PSB) reeleito com 82,84% dos votos, Rio Grande do Norte que elegeu a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) com 52,64%, Sergipe com o atual governador Marcelo Déda (PT) que recebeu 52,08% dos votos e o Maranhão que reelegeu Roseana Sarney (PMDB) com 50,08% dos votos.
Em Minas Gerais, o governador Antônio Anastasia (PSDB) foi reeleito com 62,72% dos votos válidos.
A definição no segundo turno acontecerá na Paraíba, cuja disputa pelo cargo executivo ficou entre Ricardo Coutinho (PSB) e Zé Maranhão (PMDB), em Alagoas com Teotônio Vilela (PSDB) e Ronaldo Lessa (PDT) e no Piauí com Wilson Martins (PSB) e Silvio Mendes (PSDB).
Na região semiárida, o mapa partidário do poder executivo nos Estados ficou com dois representantes do PSB, podendo chegar a quatro a depender do resultado do segundo turno. O PT fez dois governadores. O PSDB, um e disputa em mais dois estados. O PMDB, um com a possibilidade de ampliar para dois governantes. O DEM, um governador. O PDT está na disputa no segundo turno.
Fonte: Boletim da Articulação no Semi-Árido Brasileiro

sábado, 2 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Debates não contemplam políticas para o Semiárido

Os debates políticos desenvolvidos nas eleições de 2010 demonstram uma ausência de propostas de políticas públicas para o Semiárido piauiense. Mais um vez, vem a tona as políticas associadas as grandes obras e as estratégias do agronegócio.

O fato das políticas de convivência com o Semiárido terem ficado de fora do cenário político reflete não só o perfil dos nossos cadidatos, mas também a fragilidade das organizações e movimentos sociais que discutem e lutam pela construção de um semiárido desenvolvido e com justiça social.

É preocupante que, diante desse cenário, a gente não veja  manifestações das organizações sociais no sentido de apresentar aos futuros governadores, deputados e senadores propostas de políticas públicas voltadas para a convivência com o Semiárido.Historicamente as organizações sociais se articularam para pautar as agendas dos candidatos com propostas voltadas para o combate a pobreza e a fome no Semiárido, com investimentos na agricultura familiar, na reforma-agrária, no acesso água de qualidade, na educação contextualizada, dentre outras propostas.

Os movimentos sociais talvez esteja perdendo uma ótima oportunidade de garantir  nessa eleição a continuidade de alguns avanço conquistados nos últimos anos, bem como a conquistas de outras lutas que ainda não se conseguiu avançar como a reforma-agrária, a agroecologia, a educação contextualziada, etc.

No entanto, parece que pairou sobre os movimentos sociais uma apatia ou, quem sabe, uma influência partidária que desmobilizou boa parte das forças políticas que impulcionam as lutas sociais no Estado. Espero que essa desmobilização não esteja ocorrendo por interesses pessoais em detrimentos dos interesses coletivos que alimentaram as grandes manifestações e lutas sociais.

Nesse caso, vejo que o cenário político no Piauí pode não é muito favorável às políticas de convivência com o Semiárido, devido aos comprometimentos dos futuros candidatos com os empresários do agronegócio, bem como, com os políticos clietelistas, que sempre utilizaram da pobreza e da fome no Semiárido como estratégias de controle político e eleitoral.

Cabe aos movimentos e as organizações sociais dessa região articularem-se junto com o Fórum Estadual de Convivência com o Semiárido a fim de traçar novas estratégias que garanta a ampliação das políticas de convivência com o Semiárido implementada nos últimos 8 anos, tanto pela Articulação no Semiárido Brasileiro - ASA BRASIL, quanto pelas várias organizações que desenvolvem ações de convivência no Semiárido em parceria com os governos federal e estadual no Piauí.

É importante que esse processo de organização e mobilização seja iniciado o quanto antes, pois tudo indica que independente que quem sairá vencendor nas eleições no dia 03 de outubro o cenário não será nada favorável as lutas sociais, devido as alianças estabelecidas com os setores conservadores pelos vários grupos que estão disputando as eleições. 

A luta social será um dos caminhos para avançar com as propostas de convivência no Estado.