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Um caderno pedagógico e uma série com oito desenhos animados irão contribuir para que alunos e professores - sujeitos que inspiraram a produção dos materiais - tenham uma aula diferente. O objetivo das produções é reunir as práticas já existentes e trazer uma reflexão teórica e metodológica que sirva de subsídio para ações pedagógicas na perspectiva da educação contextualizada e da convivência com o semiárido. Durante o evento, educadores, alunos, representantes da sociedade civil e gestores públicos assistiram a um episódio da série Água, Vida e Alegria no Semiárido, produzida pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Para Reginaldo Miranda, a experiência significou aprendizado e uma mudança positiva na autoestima dos alunos. “Foi uma experiência maravilhosa, emocionante. Influenciou no aprendizado dos alunos e no meu também. Trouxe conhecimento e valorização da ideia de que é possível viver bem no Semiárido, evitar o êxodo. Esses desenhos foram uma guinada na autoestima dos alunos e no trabalho com o meio ambiente”, enfatizou Reginaldo Miranda. Para Sheila dos Santos, uma das alunas do professor Reginaldo, participar desse trabalho “foi muito bom, nós aprendemos mais sobre a escola, o meio ambiente e o semiárido”. Um trabalho de muitas mãos - A partir da ação de projetos como Conhecer, Analisar e Transformar (CAT), Baú de Leitura e outros, uma perspectiva diferente de educação foi sendo construída ao longo dos anos. Com a intervenção de educadores, coordenadores, da equipe de Educação do Campo do MOC e gestores públicos, a concepção e a prática da educação contextualiza foi ganhando novos elementos e se ampliando. O resultado disso pode ser conferido no Caderno I - Construindo Saberes para Educação Contextualizada, que surge com o objetivo de divulgar essa experiência e contribuir para o trabalho de muitos educadores e educadoras, como afirma Vera Carneiro, coordenadora da equipe de Educação do MOC, na abertura da mesa em que o material foi apresentado. “Não se encontravam materiais contextualizados sobre a nossa realidade. A partir da necessidade de trabalhar nessa perspectiva, levando em consideração nossa cultura e identidade, professores reivindicaram que algo fosse produzido nesse sentido. Portanto, esse trabalho foi uma construção coletiva das formas de trabalhar o conhecimento valorizando os saberes, questões envolvendo o Semiárido”, ressaltou Vera Carneiro. Também na mesa de abertura, juntamente com representantes da Resab, ASA, Secretaria de Educação do Estado e MOC, Eliene Novaes, representante da Contag, falou da importância desse material. “Essas iniciativas são importantes por que dão visibilidade e tiram do anonimato os sujeitos do campo. Sabemos que quando produzimos materiais disseminamos ideias, contribuímos para desconstruir essa idéia negativa sobre o Semiárido. Esse material dá voz a professores e alunos através da sua metodologia”, afirmou Eliene. Agnaldo Rocha, da coordenação da ASA no Estado, explicou que “a missão da ASA é possibilitar a construção do saber nas comunidades do Semiárido, é a concretização do saber de forma coletiva. A criança tem que começar o aprendizado da terra onde está, do seu chão, para depois partir para o mundo, alçar grandes voos. Não considero apenas uma vitória do MOC, mas de todas as entidades que vão ter um instrumento como esse, para nós é motivo de grande alegria” ressaltou Agnaldo Rocha, coordenador da ASA Bahia. |
terça-feira, 6 de julho de 2010
Organização da ASA lança materiais didáticos contextualizados com o Semiárido
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