quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Fórum realiza IV Seminário Estadual de Educação do Campo no Piauí


Entidades e movimentos sociais realizaram na última quinta-feira (06/12) o IV Seminário Estadual de Educação do Campo no Piauí, no auditório do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal do Piauí (UFPI), com o intuito de debater sobre os desafios e as perspectivas da educação do campo no Piauí e discutir sobre rearticulação do Fórum Piauiense de Educação do campo.
Na abertura do evento, os movimentos sociais e as instituições públicas apresentam as atividades desenvolvidas na área do campo no Estado. Em seguida, Clarice Aparecida, coordenadora do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), fez uma exposição sobre a trajetória de luta em defesa da educação do campo no Brasil, demonstrando os avanços e os desafios que estão colocados para as organizações sociais e instituições que lutam pela consolidação de uma política de educação do campo no Brasil.
Na segunda etapa do evento, as organizações e entidades desenvolveram um amplo debate sobre os desafios que estão colocados para a consolidação de um projeto de educação do campo no Piauí, diante da ausência de uma política pública na área da educação do campo no estado e o descompromisso dos gestores públicos estaduais e municipais com este tema. Além disso, foi denunciado o fechamento de escolas no campo, a ausência de transporte escolar para os alunos do campo em vários municípios, bem como, a precariedade das escolas localizadas nas comunidades rurais.
Para o professor da UFPI, Elmo de Souza Lima, o evento foi importante porque as instituições e lideranças dos movimentos sociais presentes no evento se comprometeram com a rearticulação e o fortalecimento do Fórum Piauiense de Educação do Campo como espaço de articulação política que pode agregar as diferentes instituições e movimentos em torna de uma pauta comum que faça avançar as políticas de educação do campo.
O Fórum é composto pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Associação das Escolas Famílias Agrícolas (AEFAPI), Fundação Santa Angela, Secretaria Estadual da Educação (Seduc), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

MEC abre processo de escolha dos livros didáticos para escolas do campo


As Secretarias Estaduais e Municipais de Educação tem até o dia 20 de dezembro/2012 para fazer a escolha das coleções didáticas para professores e estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental das escolas do campo, disponibilizadas pelo PNLD Campo, o Programa Nacional do Livro Didático do Campo.

As coleções são compostas pelos seguintes componentes curriculares: Letramento e Alfabetização, Alfabetização Matemática, Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências e Geografia.
Serão atendidas pelo PNLD Campo 2013 as escolas rurais com até 100 alunos matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental e as escolas rurais com mais de 100 alunos que não realizaram a escolha do PNLD 2013 ou que tenham optado por não receber livros naquele programa.
 
O guia de livros didáticos do PNLD Campo 2013 está disponível no portal www.fnde.gov.br e a rede de ensino tem até o dia 20 de dezembro/2012 para registrar os dados correspondentes à escolha de suas escolas no sistema. O registro da escolha será realizado somente pela Internet. Não sendo possível registrar a escolha em sua secretaria, deve ser utilizado outro local com acesso à internet.


Acesse o Guia do Livro Didático - Educação do Campo

terça-feira, 13 de novembro de 2012

II Colóquio de Educação contextualizada possibilita troca de experiências entre educadores no semiárido

Solenidade de Abertura

 Mais de duzentos educadores, estudantes de graduação e lideranças comunitárias participaram do II Colóquio Piauiense de Educação Contextualizada no Semiárido, realizado nos dias 08, 09 e 10 de novembro no auditório da Universidade Federal do Piauí – Campus de Picos. O evento foi realizado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e a Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (RESAB), em parceria com a Universidade Federal do Piauí e Secretaria Estadual de Educação do Piauí.
O II Colóquio teve como objetivo fomentar a produção de conhecimentos científicos na área da Educação contextualizada no Semiárido e educação do campo como forma de ampliar as políticas de educação voltada à construção de alternativas de desenvolvimento sustentável.
Oficinas Temáticas
Na quinta-feira (08/11), os participantes frequentaram as oficinas temáticas sobre agroecologia, economia solidária, material didático contextualizado e tecnologias apropriadas, onde tiveram a oportunidade de trocarem experiências e conhecerem os trabalhos desenvolvidos nestas áreas no semiárido piauiense. Na noite da quinta-feira, houve a abertura oficial do evento com a participação dos representantes das instituições parceiras e autoridades locais, assim como, as apresentações culturais e artísticas da região.


Na conferência de abertura, com o tema: Educação contextualizada no Semiárido: avanços e perspectivas, o prof. Dr. Álamo Pimentel (UFBA) trouxe novas contribuições para a reflexão sobre a educação contextualizada, apontando novas perspectivas para o trabalho desenvolvimento pela Rede de Educação no Semiárido Brasileiro.
 O segundo dia de evento começou com a mesa de debate: “Educação Contextualizada e Currículo no Semiárido”, com a participação das professoras: Vanderléa Andrade Pereira (UFPI), Luzineide Dourado Carvalho (UNEB) e Lucineide Barros Medeiros (UESPI), bem como, do professor Elmo de Souza Lima (UFPI). Ambos trouxeram significativas contribuições para o fortalecimento do trabalho desenvolvido nas escolas do semiárido na perspectiva da contextualização do currículo e das práticas educativas.
Ainda na sexta-feira (09/11), o público do evento participou dos grupos temáticos onde ocorreram as apresentações de trabalho de pesquisa sobre o ambiente semiárido, convivência com o semiárido e educação contextualizada. Além disso, conheceram 3 experiências exitosas na área da educação contextualizada no semiárido, apresentada na II mesa de debate do evento, com a participação do Movimento do Sem Terra (MST), Escola Família Agrícola Dom Edilberto e  Ecoescola Thomas a Kempis.
Apresentação de Experiências
No último dia do evento, foi realizado um painel com tema “Educação no Semiárido Piauiense: desafios e perspectivas”, com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Educação, Rede de Educação no Semiárido (RESAB), Universidade Estadual do Piauí e União dos Dirigentes Municipais de Educação do Piauí (UNDIME), no qual foram discutidos os avanços e as perspectivas da educação contextualizada no Estado.
Dentre os encaminhamentos do evento, destacaram-se: a articulação política com os novos gestores municipais; o fortalecimento das parcerias com os movimentos sociais e as universidades públicas. No âmbito da formação, priorizou-se a constituição de um grupo de estudos voltado à formação de formadores para atuarem nos municípios e a implementação de projetos de formação em municípios do Território Vale do Guaribas. Além disso, destacou-se também a importância do fortalecimento do grupo de trabalho para a produção de materiais didáticos contextualizados.
Encerramento do II Colóquio

UFRB aprova primeiro Curso de Mestrado em Educação do Campo


Grupo de Trabalho Educação do Campo do Centro de Formação de Professores (CFP) da UFRB aprovou junto a CAPES o seu primeiro Curso de Mestrado Profissional em Educação do Campo. O referido curso tem o propósito intermediar o diálogo entre a diversidade camponesa e o fazer pedagógico, visando contribuir para que os(as) docentes das redes públicas de ensino, gestores(as) públicos e articuladores(as) dos movimentos e redes sociais do campo possam redimensionar suas leituras sobre a realidade agrária brasileira, redefinindo suas práticas pedagógicas e os modelos de gestão das escolas do campo buscando o avanço na escolarização, na formação, pesquisa e extensão capaz de preparar sujeitos aptos a dialogar e intervir nos processos de elaboração das políticas de desenvolvimento agrário na Bahia e no Brasil.
O Programa de Mestrado Profissional em Educação do Campo abrange duas linhas de pesquisa : Linha 1 – Formação de professores e Organização do Trabalho Pedagógico: reúne discussões que abordam a formação de professores e todas as variáveis relativas a organização do trabalho pedagógico nas escolas do campo. Assim, poderá ter enquanto objeto de estudo e intervenção a escola do campo, processos de alfabetização, escolarização e profissionalização no/do campo, a formação de professores, gestão da escola, gestão de projetos institucionais, financiamento, projeto político-pedagógico, didática, currículo e avaliação no contexto da escola seriada, multisseriada ou organizada em ciclos de aprendizagem, sempre orientados para a investigação da escola do campo.
Linha 2- Trabalho, Movimentos Sociais e Educação: constrói o diálogo entre Educação do Campo e os conceitos de trabalho, cultura, relação sociedade-natureza e desenvolvimento agrário. São conteúdos e temas de pesquisa desta Linha: Mundo rural. Campo-cidade. Questão agrária. Reforma agrária. Movimentos e redes sociais do campo. Movimentos ambientalistas e desenvolvimento agrário. Diversidade no campo. Cultura camponesa. Campo e afrodescendência. Relação sociedade-natureza. Luta de classes. Trabalho. Modernização do campo. Cooperação. Agroecologia. Agricultura familiar e camponesa. Desenvolvimento territorial e agrário.
O período de inscrição vai de 01 a 23 de novembro de 2012 e estão sendo disponibilizadas 12 vagas, sendo 06 vagas para cada linha de pesquisa. Maiores informações no site: http://www.ufrb.edu.br/educampo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

II Colóquio Piauiense de Educação Contextualizada no Semiárido

 A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e a Rede de Educação no Semiárido (RESAB), realizarão nos dias 08, 09 e 10 de novembro/2012, no Campus da UFPI, em Picos/PI, II Colóquio Piauiense de Educação Contextualizada no Semiárido, em parceria com a Universidade Federal do Piauí e Secretaria Estadual de Educação do Piauí. 
O evento tem como objetivo fomentar a produção de conhecimentos científicos na área da Educação para a Convivência com o Semiárido e educação do campo como forma de ampliar as políticas de educação voltada à construção de alternativas de desenvolvimento sustentável.
Os interessados em participar com apresentação de trabalho, poderão inscrever-se nas seguintes áreas temáticas:
1.    Ambiente Semiárido: aspectos sociais, culturais, históricos e econômicos.
2.    Educação para a convivência com o Semiárido;
3.    Educação e diversidade cultural;
4.    Currículo contextualizado;
5.    Prática pedagógica e recursos didáticos contextualizados;
6.    Educação do campo
7.    Educação ambiental no contexto do semiárido

Período para inscrição de trabalhos: 01/10 à 30/10/2012.
Data de divulgação de trabalhos aprovados: 05/11/2012.
Período de inscrição sem trabalho: 01/10 à 08/11/2012.

 PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA 08/11/2012
 14h às 18h - Oficinas temáticas:
·        Agroecologia
·        Tecnologias apropriadas
·        Materiais didáticos contextualizados
·        Economia solidária

18h – Credenciamento
19h - Abertura
 Apresentação cultural
 Apresentação do evento.
19h30 - Conferência: Educação contextualizada no Semiárido: avanços e perspectivas

SEXTA-FEIRA 09/11/2012
 8h – Apresentação cultural
 8h15 - Mesa Redonda: Educação Contextualizada e Currículo no Semiárido
10h às 12h – Apresentação de trabalho oral e pôster;
14h – Mesa Redonda: Experiências de Convivência com o Semiárido Piauiense
(MPA, MST, Escola Família Agrícola, Ecoescola)
16h30 às 18h - Apresentação de trabalhos orais e painéis
19h – Feira/Mostra de produtos do Semiárido
Apresentações Culturais

SÁBADO (10/11/2012)
08h – Painel: Educação no Semiárido Piauiense: desafios e perspectivas
(SEDUC, RESAB, Fórum do Semiárido, UNDIME, UESPI).
10h – Traçando estratégias de construção de políticas de educação para a convivência no Território Vale do Guaribas
11h – Avaliação do evento
12h30 - Encerramento

Contato: elmolima@gmail.com

Fórum do Semiárido promove Oficina sobre Educação Contextualizada

O Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido realizou nesta quinta e sexta-feira (20 e 21/09) o seu Encontro Estadual, no prédio da Obra Kolping em Teresina, com o tema “Convivência com o Semiárido – Trajetórias de luta e resistência para a superação da pobreza e construção da cidadania”. O evento é um preparatório para o EnconASA, o Encontro Nacional da Articulação no Semiárido (ASA) que será realizado em novembro na cidade de Januária, em Minas Gerais.
Durante o evento, foi realizada uma Oficina sobre Educação Contextualizada no Semiárido que discutiu dentre outras coisas sobre os avanços conquistados nos últimos anos na área da educação contextualizada, bem como, os desafios que precisam ser enfrentados no sentido de consolidar esse projeto de educação como estratégia de fortalecimento da política de desenvolvimento sustentável com base nos princípios da convivência.
As discussões sobre a educação contextualizada foram desenvolvidas a partir da experiência da EcoEscola Thomas à Kémpis, do município de Pedro II, que oferece um ensino contextualizado no semiárido a partir de projetos educativos que contemplam atividades pedagógicas, esportivas, artísticas, produtivas e ambientais. Tudo isto visando à promoção da sustentabilidade do semiárido e a formação cidadã, tornando as crianças e jovens agentes multiplicadores e transformadores da realidade local.
A Ecoescola atende jovens do Ensino Fundamental maior e Ensino Médio, em regime de tempo integral, e é vinculada ao Centro de Formação Mandacaru, uma organização não governamental que atua na área da educação popular e da convivência com o semiárido.
Além dessa oficina, foram realizadas outras duas oficinas com os temas: Organização Social e Produtiva no Território Serra da Capivara e a experiências de Casas de Sementes.

sábado, 8 de setembro de 2012

Escolas do campo receberão livros didáticos contextualizados


As escolas públicas localizadas nas zonas rurais ganharão livros didáticos mais adequados à realidade de seus alunos. Essa é a proposta do novo Programa Nacional do Livro Didático do Campo, que começará a selecionar as obras em 2012. Serão escolhidos livros para as turmas seriadas ou as classes multisseriadas (que possuem alunos de séries diferentes) do 1º ao 5º ano do ensino fundamental das áreas de Alfabetização Matemática, Letramento e Alfabetização, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia.
O processo de avaliação, escolha e aquisição de livros didáticos ocorrerá a cada três anos e começará no ano que vem. As primeiras obras adquiridas pelo programa chegarão às escolas no início do ano letivo de 2013. Os alunos e os professores que receberem esse material não precisarão devolvê-los ao final do ano. A cada ano, as escolas receberão livros para os novos alunos matriculados. Esses colégios continuarão recebendo dicionários e obras complementares do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Para participar do programa, as escolas públicas do campo devem estar vinculadas às secretarias municipais ou estaduais de educação e cadastradas no Censo Escolar realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além disso, é preciso assinar um termo de adesão ao programa.
Serão cerca de 12,4 milhões de livros didáticos para 3 milhões de alunos, em 73 mil escolas rurais. A compra e a distribuição das obras estão orçadas em R$ 87 milhões. Os livros, em edições multisseriadas, seriadas ou multidisciplinares, poderão ser escolhidos pelos professores de acordo com a realidade da escola.
Os exemplares serão distribuídos a cada escola de acordo com as projeções de matrículas para o ano seguinte. Lotes adicionais de livros poderão ser adquiridos e distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela execução do novo programa, caso necessário, após o início do ano letivo.
Neste caso, os educadores das escolas do campo precisam ficar atentos quanto ao processo de adesão das escolas ao Programa, bem como, ao processo de seleção dos livros à serem adotados por sua escola. Está é uma oportunidade de oferecer um ensino de qualidade voltado para a realidade sociocultural dos povos do campo. As coleções escolhidas poderão ser acompanhadas de livros e outros materiais digitais em caráter complementar.
A distribuição de materiais didáticos voltados para a realidade do campo é uma das bandeiras de luta dos movimentos sociais do campo e dos educadores e pesquisadores que participam do movimento em defesa da educação do campo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Fotógrafo piauiense lança livro com imagens da Caatinga


Depois de quase duas décadas documentando a natureza da Caatinga, o homem, seus problemas ambientais e toda a riqueza natural desse ambiente, o fotógrafo André Pessoa é o autor das imagens do Bioma Caatinga no livro “Biomas Brasileiros”, lançado pela Conservação Internacional, na última quarta-feira (05/09) no Rio de Janeiro.
No momento em que sustentabilidade e preservação são temas fundamentais para o crescimento do país, a obra apresenta um panorama completo, inédito e atual dos biomas nacionais. Uma contemplação da nossa riqueza natural, que vira ponto de partida para a compreensão da importância global dos nossos ecossistemas, todos tão singulares: Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, Caatingas, Cerrados, Pampas e o Bioma Marinho.
Fartamente ilustrado com a colaboração de grandes fotógrafos brasileiros e estrangeiros, entre eles o piauiense de coração, André Pessoa, o livro “Biomas brasileiros” retratos de um país plural traz textos de grandes especialistas em ecologia, ciências naturais, preservação e economia, apresentando-se em duas versões bilíngues: português-inglês e português espanhol. Um presente para estudantes, pesquisadores e gente apaixonada por tanta brasilidade.
A obra apresenta os biomas brasileiros tendo como proposta um processo de redescobrimento do Brasil, ou seja, a partir de sua sequência de ocupação. Assim, o primeiro bioma apresentado é a Mata Atlântica, por onde chegaram os portugueses, seguido da Caatinga, que começou a ser habitada pelos sertanejos, passando para o Cerrado, Amazônia, Pantanal, Campos do Sul (ou Pampas). 
As riquezas desses biomas são principal destaque no livro, bem como as ameaças a esse patrimônio natural. Além disso, faz um retrato de um país plural apresentando os exemplos bem-sucedidos de harmonia homem-natureza, de produção efetivamente sustentável, de sustentabilidade e responsabilidade no consumo, de mercados que valorizam o custo dos serviços prestados pela natureza, de financiamentos verdes e de instituições com princípios e práticas baseados, de forma equânime, no tripé social-econômico-ambiental.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Teatro, leitura e “contação” de histórias movimentam escolas no sertão


Os desafios de tornar as salas de aulas um espaço de aprendizagem dinâmica e mais agradável, especialmente nas escolas multisseriadas do sertão é um assunto bastante discutido dentro da Proposta de Educação Contextualizada no Semiárido. Em algumas escolas dos municípios baianos de Curaçá, Canudos, Uauá, um projeto que utiliza: teatro, leituras e “contação” de histórias, propõem não só deixar as aulas mais dinâmicas e participativas, como também discutir a realidade da região de uma forma lúdica e diferente, proporcionando ainda melhorias no processo de aprendizagens dos alunos e alunas.
O projeto voltado para a valorização da criança e do adolescente no Semiárido é executado pelo Irpaa em parceria com os municípios e começa com uma série de capacitações denominada: Leitura - Contexto e Subjetividade, onde professores/as e gestores de educação experimentam dinâmicas de grupos, iniciação ao teatro popular e técnicas de “contação” de histórias.
A pedagoga do Irpaa, Graça Cavalcante, responsável por algumas capacitações, destaca a importância do trabalho de leituras, uma vez que essas escolas dispõem de um acervo de livros, cujos conteúdos retratam lendas e histórias ligadas a vida e os costumes do povo do sertão. Para a pedagoga, esses livros passam a ser melhor utilizados a partir da proposta deste projeto. Graça lembra ainda que a literatura e a “contação” de histórias ou mesmo o teatro são importantes instrumentos capazes de rediscutir questões ligadas a vida das pessoas e das comunidades do Semiárido. Com essas dinâmicas é possível de forma reflexiva abordar problemas históricos existentes na região e suas consequências. 
O trabalho permite ainda que outras leituras e compreensões sobre essa região sejam postas em discussão nas escolas, uma vez que no imaginário popular, as vezes reforçado pela educação, o sertão é um lugar visto basicamente a partir da seca e suas consequências. Para rediscutir essa e outras realidades, os recursos próprio da linguagem do teatro, da literatura, por exemplo, tornam-se excelentes aliados dos professores e alunos imbuídos na construção de uma nova forma de estudar e compreender a região.
Fonte: Irpaa