segunda-feira, 4 de junho de 2012

Programa Ação da Globo destaca ações de convivência com o Semiárido


O Programa Ação da Rede Globo exibiu no sábado (02/06) algumas experiências de convivência com o Semiárido desenvolvida por instituições do terceiro setor no semiárido baiano. Foram apresentadas as ações desenvolvidas pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA BRASIL) voltadas para o melhor aproveitamento da água de forma que ela possa servir tanto para o uso básico, como consumo e uso higiênico, bem como ações voltadas para a produção sustentável de alimentos.
Há vinte e dois anos o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) vem implementando técnicas de captação de água com o objetivo de transformar o cenário da seca em algo favorável para a região. Desenvolve também um trabalho de assistência técnica aos produtores locais estimulando a agricultura familiar, a criação de animais, valorizando a caatinga para alimentação dos animais e ensinando técnicas de plantio não agressivas ao solo.
Outra ação importante desenvolvida pelo IRPAA é a formação dos/as agricultores/as e seus filhos. Como forma de transmitir conhecimento sobre o melhor modo de aproveitar o solo e a água, o IRPAA criou a Escola de Formação para Convivência do Semiárido, atende aos jovens de mais de 10 estados do semiárido. Desde o início, já foram formadas vinte e uma turmas, com uma média de cinquenta pessoas cada.
a Articulação no Semiárido (ASA Brasil) trabalha pela democratização da água, batalhando por uma infraestrutura hídrica próxima à casa de cada família que convive com a seca. A construção de cisternas que coletam água da chuva é o principal foco da ASA, que fez cálculos do tamanho do telhado ideal para preencher a cisterna através da água que cai em canaletas. A partir disso foram criadas cisternas de dezesseis mil litros, capazes de armazenar água para até oito meses, o período anual comum de estiagem do semiárido. Feitas com cimento, as cisternas são de baixo custo, fáceis de fazer e envolvem a família na construção.
Dentre as ações executadas pela organização, o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1 +2) e o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) são os mais importantes. O primeiro procura fomentar a segurança alimentar e a geração de emprego e renda entre as famílias agricultoras, através do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos.  O 1 significa terra para produção e o 2 corresponde a dois tipos de água – a potável, para consumo humano, e água para produção de alimentos. Este programa já capacitou 24.566 famílias com a construção de 9.770 cisternas do tipo calçadão, onde a água da chuva é armazenada para ser utilizada em hortas, plantio e criação de animal. 
Já o P1MC procura democratizar a água para beber e cozinhar, através das cisternas de placas. Juntas, elas formam uma infraestrutura descentralizada de abastecimento com capacidade para 16 bilhões de litros de água. Foram criadas 380.988 cisternas, uma para cada família, beneficiando 1.904.940 de pessoas. Paralelamente aos programas, a ASA dá um curso de gestão de recursos hídricos para que as populações saibam aproveitar melhor a água armazenada nas cisternas.

Acesse os vídeos:

VÍDEO 01: Convivendo com a seca

VÍDEO 02: Captação de água

VÍDEO 03: Riquezas da caatinga

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