domingo, 17 de julho de 2011

Educando através da cultural popular do semiárido


Apesar dos avanços tecnológicos e do surgimento de inúmeros brinquedos “modernos”, as brincadeiras relacionadas com o universo da cultura popular do semiárido ainda se apresentam como um grande atrativo no mundo da infância.  

São brinquedos e brincadeiras que reforçam os laços de afetividade, amorosidade e companheirismo que se traduz numa característica marcante da cultura sertaneja e contribui na afirmação de suas identidades.

No entanto, percebemos que, cada vez mais, as escolas deixam de utilizar-se desses recursos como ferramentas pedagógicas que potencializam os processos de aprendizagem e contribuem de forma significativa na reafirmação das identidades das crianças e adolescentes do semiárido.

É fundamental que as escolas estimulem as crianças a conhecerem os contos, lendas e brincadeiras tradicionais como forma de ampliar a expressão imaginativa e a criatividade criança. Com esse trabalho, a escola possibilita o desenvolvimento subjetivo dos alunos através da compreensão do mundo simbólico que permeia as tradições culturais do sertão.

As crianças do semiárido trazem em sua alma cultural essa dimensão forte da dança, da cantiga de roda, do reisado, dentre tantas outras manifestações culturais que podem transformar as escolas num espaço de ressignificação da cultura popular e de promoção de novas aprendizagens no campo do conhecimento científico, utilizando-se da alegria, do encantamento e da beleza da cultura local. Ou seja, as escolas precisam promover atividades pedagógicas que permitam que as crianças se apropriem da ciência de forma mais alegre e dinâmica, promovendo aprendizagens significativas.

A educação construída através da cultura popular reafirma o papel das crianças e adolescentes enquanto sujeitos do processo ensino aprendizagem e o seu protagonismo enquanto cidadão, possibilitando a melhoria da autoestima desses jovens e a valorização do semiárido enquanto lugar de produção de cultura, ciência e desenvolvimento.

Como diz a música “Comida”, cantada pelo Titãs, “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte...

Que possamos transformar as escolas do semiárido nesse espaço de celebração da vida, de produção novos saberes, de construção de novos sonhos e alegrias...
 Elmo Lima

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